Brasil Open está em negociação para contar com Nadal

Felipe Rosa Mendes e Paulo Favero
06/12/2012 às 20:17.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:09

Depois de receber o sérvio Novak Djokovic e o suíço Roger Federer para exibições, o Brasil poderá contar Rafael Nadal em seu principal torneio de tênis, o Brasil Open, em fevereiro de 2013. O espanhol está em negociação com a Koch Tavares, organizadora da competição de nível ATP 250.

O contato com o heptacampeão de Roland Garros foi confirmado nesta quinta-feira por Luis Felipe Tavares, presidente da empresa de marketing esportivo. "Existe uma possibilidade de o Nadal vir", afirmou um dos responsáveis pela visita de Federer ao Brasil, nesta semana.

Sem citar nomes, Tavares admitiu a chance de trazer outros tenistas Top 10 para o torneio brasileiro em fevereiro. "Estamos sempre em negociação, 24 horas por dia, em contato com todos os agentes", destacou.

Nadal já vem sendo cotado para a competição brasileira desde que seu tio e treinador, Toni Nadal, cogitou a possibilidade do pupilo fazer o giro sul-americano de saibro, no início do próximo ano. O espanhol, assim, disputaria os torneios de Acapulco e Buenos Aires, além do Brasil Open, do qual já foi campeão em 2005.

O giro sul-americano serviria para preparar Nadal para os principais torneios de saibro do primeiro semestre de 2013, como os Masters de Montecarlo, Madri e Roma, além, é claro, de Roland Garros. O atual número 4 do mundo pretende privilegiar o piso lento para evitar maior desgaste em seu retorno às quadras.

O espanhol teme que as quadras duras possam exigir demais do seu joelho esquerdo, que passou por tratamento intensivo nos últimos meses. Por causa do problema físico, Nadal não entra em quadra desde o fim de junho, quando foi eliminado precocemente em Wimbledon.

A possível vinda de Nadal, somadas às exibições de Federer, nesta semana, e Djokovic, em novembro, compensam em parte o sonho frustrado do Brasil em sediar o ATP Finals, torneio que reúne os oito melhores tenistas da temporada e encerra o calendário do tênis mundial - Londres renovou recentemente o contrato para continuar recebendo a competição nos próximos anos.

"Estamos a anos-luz dos principais centros", avalia Tavares, se referindo à falta de infraestrutura do Brasil para receber eventos de tênis deste porte. O presidente da Koch Tavares acredita que, com o apoio de governantes, a cidade de São Paulo poderá estar em condições de sediar grandes torneios somente daqui a alguns anos.

Para acelerar este processo, Tavares aposta nas exibições de Federer nesta semana para dar maior visibilidade ao Brasil diante do mundo do tênis. "Os tenistas que estão vindo para cá vão gerar resultados lá fora", aposta, se referindo à repercussão do evento. "Pretendo dar continuidade a esse projeto. Vamos discutir ainda qual será o formato, se terá mudanças. Há muitas ideias em nosso radar", revelou.

Depois de realizar o evento desta semana, que considera um "divisor de águas" para o tênis brasileiro, Tavares sonha em promover o Brasil Open do nível ATP 250 para ATP 500, a partir de 2014. As negociações, porém, ainda estão em andamento.

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