Brasileirão deste ano teve 1.142 minutos de acréscimos nos 190 jogos do turno

Alexandre Simões - Hoje em Dia
22/08/2015 às 08:15.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:27

9 de maio. No jogo 1 da primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2015, o Palmeiras arranca o empate por 2 a 2 com o Atlético, no Allianz Parque, em São Paulo, aos 49 da etapa final. Era apenas o início da história do terceiro tempo da competição, que este ano teve 196 minutos a mais de acréscimos numa comparação as 190 partidas do turno de 2014.   O aumento desse número tem relação direta com as metas traçadas pela CBF para o aumento do tempo de bola em jogo. Na última segunda-feira, a entidade publicou em seu site um balanço que mostra um avanço considerável numa comparação com o ano passado.   Em 2014, as 190 partidas do turno da Série A tiveram, em média, 52 minutos e 9 segundos de bola rolando. Este ano, subiu para 55.   No ano passado, apenas 10 das 190 partidas alcançaram a média de, pelo menos, 60 minutos de tempo de bola, marca considerada pela Fifa como a ideal. Este ano, o número saltou para 32 confrontos.   “Por determinação da comissão de arbitragem da CBF, estamos procurando ser o mais fiel possível ao tempo de bola em jogo, observando substituições, atendimentos médicos e reposições. Isso explica o aumento dos acréscimos, que é um dos fatores que interferem no aumento da média”, garante o mineiro Ricardo Marques Ribeiro, destaque da lista de árbitros que alcançaram o tempo mínimo de 60 minutos de bola rolando nos jogos em que comandaram, ao lado do gaúcho Anderson Daronco, com quatro partidas, cada.   Os outros fatores destacados por Ricardo Marques Ribeiro, que integra o quadro da Fifa, são a nova postura dos árbitros, que passaram a interpretar melhor o contato físico durante as partidas, e a tolerância zero com as reclamações exageradas.   Para Giulliano Bozzano, presidente da comissão de arbitragem da FMF, os acréscimos fazem parte do crescimento do tempo de bola em jogo, mas não são decisivos.   “Todas as variáveis são importantes. O aumento nos acréscimos colabora para um maior tempo de bola rolando, mas o principal para isso foi a orientação da CBF para não se tolerar reclamações”, analisa o dirigente.   Na média, cada rodada da Série A tem 60 minutos de acréscimos, contra 49 do ano passado.   Os 1.142 minutos do terceiro tempo significam quase 13 partidas a mais.   Novo líder   Quando se analisa o que aconteceu nos acréscimos do primeiro e segundo tempos dos 190 jogos do turno da Série A, percebe-se que aquele gol que o Atlético sofreu do Palmeiras, lá na primeira rodada, tirou do time dois pontos que fazem falta hoje.   Da mesma forma, no domingo passado, o líder Corinthians chegou à igualdade com o Avaí, na Ressacada, com um gol de Luciano aos 46 minutos do primeiro tempo. Depois, virou a partida.   Quando se excluem os gols decisivos marcados no terceiro tempo, fica evidente que a falta de atenção na reta final dos jogos custou caro a algumas equipes. O Galo, por exemplo, seria líder, com os mesmos 38 pontos do Grêmio, que seria segundo, e do Corinthians, que ficaria em terceiro pelos critérios de desempate.   É mais uma comprovação de que não é um absurdo a máxima “o jogo só termina quando acaba”.   - Das 19 rodadas do turno da Série A do Campeonato Brasileiro, apenas na nona não foi marcado pelo menos um gol nos acréscimos do primeiro ou segundo tempos.

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