Briga pela artilharia empolga, mas Rússia tem média de gols inferior a 2014

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
25/06/2018 às 08:37.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:58
 (AFP)

(AFP)

Dois gols sobre o Irã hoje, às 15h, em Saransk, fazem Cristiano Ronaldo igualar a lenda Eusébio como maior goleador de Portugal em Mundiais, com nove tentos, e ainda devolvem a ele a artilharia da Copa da Rússia, que foi perdida ontem para o inglês Kane, que fez um hat-trick nos 6 a 1 sobre o Panamá, na maior goleada desta edição e que colocou a Inglaterra nas oitavas.

O português e o inglês são dois personagens de uma das brigas mais emocionantes pelos gramados russos, que é a busca não só pela artilharia, mas também por um lugar na história das suas respectivas seleções.

Neste aspecto, mais ainda que CR7, quem está próximo de se consagrar é Lukaku, que tem quatro gols na Rússia com mais um passa a ser o maior goleador belga em Copas, superando Wilmots, que foi o seu treinador em 2014, no Brasil, quando o camisa 9 da Bélgica marcou uma vez.

Para Kane, essa situação ainda está distante, mas é possível por ele ter 25 anos, pois o maior goleador da Inglaterra em Copas é Lineker, com 10 gols. Mas ele já pode se igualar em outro aspecto ao ex-camisa 10 inglês, único a ser goleador em um Mundial, em 1986.

Cristiano Ronaldo vive situação idêntica, pois Portugal teve um único goleador em Mundiais, Eusébio, com 9 gols em 1966.

Para Lukaku, que com uma lesão deve ser poupado no confronto de quinta com Kane, quando belgas e ingleses decidem o primeiro lugar do Grupo G, a artilharia seria um feito inédito para a Bélgica.

Ainda sem ter balançado a rede na Rússia, o alemão Thomas Müller com mais um gol passa a ser o oitavo jogador a ultrapassar os 10 gols em Copas em todos os tempos.

Apesar da batalha dos goleadores, a Copa da Rússia, na média, ainda é inferior a do Brasil, mas tem boa posição na comparação dos torneios com 32 seleções, iniciados em 1998, na França.

Em 2014, a média de gols da fase de grupos foi de 2,83. Agora, com 32 das 48 partidas da etapa disputadas, está em 2,65. Para o número do Brasil ser superado, são necessários 51 gols nos últimos 12 jogos.

Além disso, há quatro anos, foram dez goleadas na primeira fase. Em 2018, são cinco até agora.

Sem dúvida, a briga pela artilharia será uma marca da Copa da Rússia e essa turma vai provar, mais uma vez, que o gol não é apenas um detalhe.

 Editoria de Arte

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por