(Bruno Cantini/Atlético)
Robinho entrou em campo no clássico entre Atlético e América, na última quinta-feira (13), trajando uma chuteira branca. No primeiro tempo, o camisa 7 enfrentou os rivais com calçado fabricado pela Adidas. O atacante, brigado na Justiça com a antiga patrocinadora Nike, estuda a possibilidade de virar o mais novo garoto-propaganda da multinacional alemã.
Antes, a maior possibilidade era de Robinho usar calçados da Dryworld. Entretanto, a canadense tem outros obstáculos a serem resolvidos no Brasil antes de introduzir o primeiro calçado voltado ao futebol de campo no Brasil.
A advogada de Robinho, também responsável por gerir sua carreira, confirma o interesse da Adidas em fornecer os materiais esportivos ao jogador. "Ainda não (há acordo), mas estamos estudando a possibilidade", disse Marisa Alija, ao Hoje em Dia.
O 'Rei da Pedalada' virou mais um patrocinado da Nike no começo da carreira. Em 2002, virou parceiro dos norte-americanos e firmou um contrato válido até 2010. Porém, a relação ficou litigiosa. Um processo no Superior Tribunal de Justiça, julgado por Paulo de Tarso, coloca de lados opostos Robinho e Nike. O jogador acusa a empresa de acionar, de forma ilegal, uma renovação automática até 2014.
Já os americanos havia levado Robinho à justiça da Holanda requerendo indenização diária de R$ 700 mil caso o jogador continuasse a não usar mais produtos da marca. O atleta conseguiu transferir o processo para o Brasil. O imbróglio está na tradução do contrato do inglês para português. No julgamento do STJ, ficou decidido que o processo voltaria à Holanda.
Robinho não usou as chuteiras brancas da Adidas durante todo o jogo no Mineirão. No segundo tempo, o atleta voltou à velha chuteira pintada de preta para esconder a marca, calçado este que ele utiliza desde que chegou ao Atlético, em fevereiro.