A foto acima começou a ser divulgada nas redes sociais após a classificação do Cruzeiro para a final do Campeonato Mineiro deste ano. Nela, estão presentes o mandatário do clube, Wagner Pires de Sá, o vice-presidente de futebol, Itair Machado, o diretor geral, Sérgio Nonato, e o presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, entre outros nomes importantes da política cruzeirense, como o ex-presidente Alvimar Perrella.
Na reunião, já estava em pauta a eleição de 2020. A vitória daquela chapa estava “garantida”. Tudo azul, certo? Errado! Logo depois, o estouro da maior crise da história cruzeirense, que tem como marco as denúncias no programa “Fantástico”, da Rede Globo, em 26 de maio, minou os laços entre o quarteto.
De lá para cá, aconteceu de tudo: Perrella exigiu que Wagner, Itair e Serginho deixassem o clube; o vice de futebol chegou a ser afastado (pela Justiça) e retornou à função recentemente; Itair e Serginho tiveram a relação estremecida; e Wagner tem problemas para administrar, uma vez que é chamado de “Rainha da Inglaterra”.
BASTIDORES
Os bastidores do clube ferveram. A disputa pelo poder passou a envolver a situação, e este é o caminho mais perigoso que o Cruzeiro poderia trilhar. Funcionários antigos do clube, segundo apurou o Hoje em Dia, temem o pior e acreditam que as coisas só voltarão ao eixo se pelo menos a situação voltar a falar a mesma língua.
A reação da oposição era mais do que natural. Mas quando ela acontece entre caciques da situação, o clima de insegurança toma conta da instituição.
E é exatamente isso que está acontecendo no Cruzeiro, com o agravante dos atrasos de salários, pois a crise financeira é até mais séria que a política. E invadiu o campo. A coleção de fracassos culminou na demissão de Mano Menezes. A Era Rogério Ceni vive sua primeira crise. E os óculos futuristas de Wagner Pires de Sá, que viam o título mundial em 2019, têm como foco agora a zona de rebaixamento do Brasileiro.