Campanha frustrante não inibe potencial do judô brasileiro

Felippe Drummond Neto - Hoje em Dia
04/09/2014 às 07:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:04
 (Ignácio Costa)

(Ignácio Costa)

Apesar da campanha brasileira abaixo do esperado no Mundial de Judô, disputado em Chelyabinsk, na Rússia, os atletas do Belo Dente/Minas que integraram a seleção brasileira avaliaram de forma positiva a participação do país na competição que reuniu os melhores judocas do mundo.

Antes da competição começar, a expectativa era que o Brasil conquistasse pelo menos sete de 16 medalhas disputadas. Porém, a seleção só conseguiu quatro, sendo uma de ouro, uma de prata e duas de bronze. Mesmo assim, os atletas gostaram do desempenho que tiveram.

Medalhista de bronze, na categoria até 52kg, Érika Miranda não ficou satisfeita com o resultado mesmo tendo subido no pódio. “Não é o resultado que eu esperava. Tinha me preparado para ser campeã. No ano passado, havia sido finalista e acabei piorando meu resultado. Mesmo assim, saí com o bronze, e em um torneio desse nível, é um resultado expressivo”, avalia a atleta.

Estreante em Mundiais, Alex Pombo chegou na Rússia como o quarto melhor judoca na categoria até 73kg, mas acabou sendo eliminado por uma falta no golden score. Para ele, a experiência será muito importante nas competições que terá pela frente até a Olimpíada do Rio, em 2016.

“Foi uma competição muito forte, em que minha ansiedade pesou. Estava em uma luta muito igual com o belga, que já foi medalhista em Mundial, mas errei em um golpe e perdi. Acredito que a experiência foi muito boa. Quero seguir em evolução dentro da minha categoria para chegar forte ao Rio, em 2016”, garante Pombo. Já Mariana Silva, que disputou o Mundial como substituta de Mariana Barros na categoria até 63kg, também avaliou a competição de forma positiva. “Fiz boas lutas. Perdi para uma atleta que eu já conhecia, mas mesmo assim não consegui montar uma boa tática para sair com a vitória. Foi uma boa experiência”, analisa Mariana.

Quem também decepcionou na Rússia foi a experiente Ketleyn Quadros. Lutando na categoria até 57kg, ela não conseguiu passar nem da primeira luta. “Eu sei que meu desempenho foi abaixo do esperado, mas acredito que se tem um momento para errar, é este. Lutamos contra as mesmas pessoas desde cedo, assim é cada vez mais difícil surpreender o adversário. A preparação é para 2016”, afirma Ketleyn.
 

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