(Flávio Tavares/Hoje em Dia)
Os principais jogadores do futebol brasileiro curtem férias há 20 dias. Enquanto isso, a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, que na verdade corresponde à Terceirona, segue indefinida e cada vez mais complicada. Nesta quinta-feira, a partir da 1h, haverá mais um julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do imbróglio envolvendo a competição, paralisada há mais de um mês. Democrata-SL e Esportiva Guaxupé travam intensa batalha nos tribunais, impedindo o encerramento da Segundona, que se tornou sinônimo de bagunça e amadorismo.
As duas equipes se enfrentaram nas semifinais do torneio. Após o empate sem gols no primeiro confronto, os dois times voltaram a empatar, dessa vez por 1 a 1. Como o Democrata recebeu um cartão amarelo a mais que o Guaxupé, a equipe do Sul de Minas ficou com a vaga na final.
Insatisfeita com a decisão da Federação Mineira de Futebol (FMF), a diretoria do Democrata-SL recorreu à Justiça para que a competição fosse paralisada.
Imbróglio
No dia 18 de novembro, Esportiva e Minas Futebol Brasil disputaram o primeiro jogo da final, em em Guaxupé, que terminou empatado em 1 a 1, mas o campeonato continua indefinido, por causa na briga judicial.
Para o Democrata-SL, a FMF está interpretando o regulamento de forma errada. “Nos fomos julgados por um cartão amarelo. A FMF está interpretando só pela fase final, mas entendemos que tem que valer pelo campeonato todo. Nós temos duas vitórias a mais que o Guaxupé”, argumenta o presidente do clube, Flávio Reis.
Ele está confiante em uma decisão favorável no tribunal hoje. “Esperemos que dê tudo certo. Estamos confiantes”, diz.
Prejuízo
Do outro lado, a Esportiva calcula os prejuízos e não esconde a insatisfação com o clube de Sete Lagoas. “Não entendo isso. O regulamento é claro. Está escrito lá. Esperamos que tudo isso termine neste julgamento. Será uma discrepância sem tamanho se o Democrata ganhar esta causa”, aponta o presidente do clube de Guaxupé, Edson Fonseca.
“Nós estamos tendo um prejuízo enorme. Tem jogadores treinando ainda, e já eram para estarem dispensados, porque firmamos um compromisso por determinado tempo. Espero que, no final, o Democrata pague todos os prejuízos que venho tendo”, completa o dirigente.