(FOTOS FLAVIO TAVARES/enviado especial)
RIO DE JANEIRO – Os Jogos Olímpicos passam por um momento de redefinição do caderno de esportes, com a inclusão de novas modalidades mais próximas aos jovens, como o skate, a escalada e o surf, que serão disputadas a partir de 2020, em Tóquio.
Mas esta Olimpíada já conta com algumas modalidades radicais e mais contemporâneas, como o mountain bike, o BMX e a canoagem slalom. E foi justamente essa última que fez ferver ontem à tarde o Parque Olímpico, em Deodoro, na zona oeste.
O principal responsável foi o paulista Pedro Gonçalves, o Pepê, 55º melhor do mundo na categoria K1, que garantiu participação na semifinal olímpica, agendada para ser disputada na quarta-feira à tarde. Dentre os 21 competidores, 15 avançaram, e Pedro chegou a ficar em segundo lugar na primeira bateria.
No entanto, na segunda descida não melhorou o tempo e terminou a eliminatória com o quinto lugar, 1segundo e 63centésimos atrás do melhor colocado, o italiano Giovanni de Gennaro, 17º colocado no ranking mundial.
Durante toda a tarde, a arquibancada, com capacidade para oito mil pessoas, esteve lotada, e a torcida fez muito barulho quando ele desceu as corredeiras artificiais.
“Descer e ver todo esse povo aqui na arquibancada, gritar Brasil, Brasil, vai ficar marcado para o resto da minha vida. Espero, novamente, dar o meu melhor na semifinal. Eu sei que sou capaz de passar para a final”, enfatizou.
Pedro é natural de Piraju, interior de São Paulo, onde a seleção brasileira de canoagem treinou em algumas temporadas. Um dos atletas que o inspirou foi o argentino naturalizado brasileiro Sebatian Cuatrin, que cresceu no esporte em Governador Valadares, no leste de Minas.
Outro canoísta brasileiro que desceu as corredeiras ontem foi Felipe Borges, na categoria C1. No entanto, ele terminou em 16º lugar, e não consegui vaga para disputar a semifinal.
Legado
Em Deodoro também serão disputadas medalhas no hipismo, pentatlo moderno (com a porta bandeira Yane Marques), tiro esportivo, hóquei sobre grama, rúgbi e basquete. As estruturas são cercadas por instalações militares, e devem ficar como legado esportivo para a cidade.
No local serão plantadas as mudas das sementes que foram cultivadas por todos os atletas que estiveram presentes na cerimônia de abertura da Olimpíada, na última sexta-feira, no Maracanã. A mata será chamada de Floresta dos Atletas.