Cansaço é um dos motivos da queda de rendimento do Corinthians no Brasileirão

Estadão Conteúdo
31/10/2017 às 07:27.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:28
 (Instagram/Reprodução)

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O Corinthians tem um adversário extra na reta final do Campeonato Brasileiro. Além de encarar o Palmeiras, o time do técnico Fábio Carille luta contra o cansaço físico, que desencadeia também uma fragilidade mental. Para deixar a situação ainda mais preocupante, a falta de opções e o elenco enxuto não dão ao treinador muita perspectiva de alterar o quadro.

Uma das virtudes do Corinthians no primeiro turno se tornou um problema na segunda metade do Brasileirão. A repetição do time e as poucas mudanças na escalação quando foi preciso fazem com que os atletas sofram para conseguir manter o ritmo de outrora. Consequentemente, se irritam ou ficam mais abatidos quando tentam fazer algo e as pernas não obedecem.

Esse é o principal problema detectado pela comissão técnica, que a partir desta terça-feira passará a trabalhar visando ao clássico contra o Palmeiras e vai tentar administrar o problema.

Dos 20 times da Série A, o Corinthians é quem utilizou menos jogadores no torneio - foram apenas 27. Para se ter uma ideia, o maior no quesito é o Grêmio, que escalou 40 atletas. O Palmeiras, principal concorrente pelo título, contou com 31.

O problema é que, dos 27 jogadores, dois deles já deixaram o clube - Clayton e Léo Jabá - e 15 já atuaram em pelo menos 19 jogos, o equivalente a um turno.

Os dados deixam claro a limitação numérica do elenco alvinegro. Para o clássico contra o Palmeiras, Carille admite a possibilidade de mexer no time. Ele estuda colocar Clayson (que já fez 24 jogos) no lugar de Romero ou Jadson (ambos fizeram 25 partidas).

Nos bastidores, é sabido que a limitação do elenco também é técnica. Carille conta, no total, com 33 jogadores, mas não consegue ter o retorno esperado de todos eles.

Além da sequência de partidas, o fato de alguns importantes jogadores terem sofrido lesões ao longo da temporada também atrapalha. Pablo, Guilherme Arana, Jadson e Rodriguinho foram alguns dos atletas que precisaram passar pelo departamento médico.

FALTA CABEÇA - Existe também a preocupação com o aspecto psicológico. A comissão técnica tem observado que jogadores estão demonstrando muita insegurança com a bola no pé. Romero e Jadson são alguns deles. A visão é que eles estão sentindo a queda de rendimento, mas também sofrem por não conseguirem manter o ritmo do primeiro turno.

Para complicar mais a situação, na madrugada de domingo para segunda-feira os muros do Parque São Jorge foram pichados com frases xingando os atletas e cobrando o elenco. Foram escritas duas frases com ameaças: "Acabou a paz!" e "Ou joga por amor ou por terror". Também foi escrita uma ofensa, dirigida aos jogadores. "Vagabundos".

Além disso, as torcidas organizadas estão conversando e existe uma grande possibilidade de irem protestar no CT Joaquim Grava nesta semana. Na quarta-feira passada, 10 membros da Gaviões da Fiel tiveram uma reunião com a diretoria e alguns jogadores.
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