Caos no trânsito dificulta acesso ao Gigante da Pampulha

Felipe Torres - Hoje em Dia
25/04/2013 às 08:17.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:08

Belo Horizonte está de recuperação. Se o amistoso entre Brasil e Chile, quarta-feira (24), no Mineirão, era um evento-teste para a Copa das Confederações e o Mundial de 2014, a capital falhou num dos pilares da organização: a mobilidade. Uma manifestação de professores, em frente ao portão da UFMG, na Avenida Antônio Carlos, uma das principais vias de acesso do Centro à Pampulha, travou o trânsito.

O protesto, aliado ao fluxo diário da região, teve reflexos na avenida Carlos Luz e na orla da Lagoa. Impacientes, muitos torcedores chegaram atrasados ou quase no horário da partida, que começou às 22h. A dificuldade para conseguir estacionar veículos ainda cooperou para o cenário desastroso.

Quem apostou no transporte público também teve dor de cabeça. Mesmo com rotas alternativas para sair do engarrafamento, os ônibus especiais demoraram mais do que o previsto. Os que partiam da Igreja da Boa Viagem, na região Centro-Sul, por exemplo, gastavam cerca de uma hora até o Mineirão, quase o dobro do esperado.

O motorista do primeiro coletivo que deixou o local, às 19h, avisou que, por causa da confusão na Antônio Carlos, não se deslocaria pela via, optando pelas avenidas Pedro II e Tancredo Neves. Assim, o trajeto aumentou em seis quilômetros.

Alguns passageiros reclamaram e questionaram como a cidade enfrentará tais imprevistos durante a Copa das Confederações e o Mundial. Outros preferiram brincar com a situação. “De tão longe, acho que estamos indo para a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Será que acharam que o jogo aconteceria lá?”, ironizou Ivan Calazans, de 22 anos.

Empunhando uma bandeira do Cruzeiro, junto do amigo Alexandre Otávio, 20, ele comemorou o fato de ter se precavido e pegado o ônibus três horas antes de a bola rolar. “Imagina se tivesse vindo mais tarde. Desembarcaria depois do amistoso, sem ver nenhum jogador. O problema é que, agora, com este caos, as filas nas entradas do estádio estarão enormes”, previa Ivan.

A parada final da linha foi no Parque Guanabara, a 1,5 quilômetro do Gigante da Pampulha. No caminho, ambulantes, que vendiam bandeiras, cervejas e refrigerantes, se misturavam a uma massa de torcedores trajados de amarelo.

Serviço funciona

As linhas especiais de acesso ao Mineirão funcionaram. Os ônibus se mostraram pontuais e filas foram organizadas para se entrar nos veículos. “O ideal seria o metrô, mas estes coletivos ajudam. Se não fossem eles, iria de carro. Será minha estreia no estádio e numa partida Seleção”, contava Joice Souza, 23. Muitos casais, idosos e crianças também utilizavam o serviço.

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