(Nelson Perez/Fluminense/Divulgação)
Diferentemente da primeira, a segunda visita de Fred ao Independência, em 2016, teve um clima de hostilidade. Cada toque na bola, falta sofrida, reclamação com o juiz era respondida com vaias e chiadeira vindas da arquibancada. Era a torcida do Atlético. Mas uma simples tuitada do presidente alvinegro é capaz de selar a paz. As partes estão, agora, do mesmo lado. O ex-camisa 9 da Seleção está feliz por assinar com o Galo até 2018. É a 'realização de um sonho de criança' para o mineiro de 32 anos, conforme descreveu pessoas ligadas ao jogador.
Apesar de toda a identificação ao Cruzeiro e a gratidão pelo América, Fred nutre um carinho pelo Galo desde a época em que era apenas um garoto brincando de bola em Teófilo Otoni. Na família Guedes, são inúmeros os torcedores do alvinegro, felizes pelo acerto entre o filho ilustre e o Atlético.
O carinho de Fred pelo Galo, entretanto, é assunto delicado. Permaneceu escondido à sete chaves durante duas décadas, desde que o jogador começou o processo de profissionalização na base do América, no começo do milênio. De lá para cá, ele enfrentou o Atlético por 16 jogos, em três times diferentes. Pelo rival Cruzeiro, ficou apenas um ano. O suficiente para se transformar em máquina de gols (maior artilheiro de uma Copa do Brasil) e, naturalmente, vilão para a torcida alvinegra.
Mas a relação de ódio tende a se transformar em lua de mel. A linha tênue entre os dois sentimentos precisará ser rompida com gols. Nada assustador para o maior artilheiro da história dos pontos corridos.