(JOSÉ PATRÍCIO)
Uma das maiores expectativas na convocação da seleção brasileira para os confrontos com Argentina e Peru era pela presença ou não do goleiro Jefferson, do Botafogo. Preterido por Dunga na última partida, diante da Venezuela, o goleiro demonstrou incômodo com a situação e havia a possibilidade até mesmo de não aparecer na lista desta quinta-feira. Mas o goleiro que acabou sendo descartado foi o gremista Marcelo Grohe, abrindo espaço para a grande novidade da lista de jogadores chamados: Cássio, do Corinthians.
Segundo Dunga, Grohe foi vetado por lesão. "Não está ainda 100% o Marcelo Grohe, e o Cássio está merecendo uma oportunidade", declarou Dunga, mesmo que o goleiro do Grêmio já esteja voltando aos treinamentos e possa vir a atuar até mesmo na rodada do fim de semana do Brasileirão, diante do Vasco.
Sobre Jefferson, o técnico disse que a opção foi da comissão técnica e que ele não foi o único titular a perder espaço sob seu comando. "Temos que começar colocando os fatos como são. Não foi só o Jefferson. Saiu o Marcelo, saiu o Hulk, que eram titulares na última Copa do Mundo. Lógico que não ficaram satisfeitos, é normal", comentou, em entrevista coletiva.
Ele ainda defendeu o goleiro Alisson, do Internacional, considerado inexperiente por alguns críticos. "Sobre ser jovem ou não, o nosso treinador de goleiros, Taffarel, iniciou jovem na seleção brasileira. E o jovem, como vai adquirir experiência? Jogando. Se não formos dar nunca oportunidade a um jovem, ele não vai ter experiência", comentou. "Não importa se a idade é baixa ou alta. Importa a qualidade e a capacidade deles."
Como de costume, Dunga afirmou que ninguém é titular absoluto na seleção. "A titularidade na seleção brasileira é diferente da dos clubes. Nos clubes nós temos 11 titulares, na seleção brasileira nós temos 23. Quando o treinador convoca, ele confia nos 23 jogadores", comentou o técnico.
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