Castellar rebate e questiona competência política do Cruzeiro junto à Globo

O “clássico” entre Cruzeiro e a Federação Mineira de Futebol (FMF) entrou na prorrogação. Depois de o presidente da FMF, Castellar Guimarães Neto, ter notificado a clube pedindo retratação pública dos dirigentes da Raposa e de o Cruzeiro ter contranotificado a Federação, no fim da tarde desta sexta-feira (24) a queda de braço ganhou mais um capítulo.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, Castellar afirmou que o clube está tentando transferir responsabilidades e que se o presidente do Cruzeiro ainda fosse o senador Zezé Perrela, poderia ter tido mais sucesso na troca da data do clássico de volta da semifinal do Campeonato Mineiro, situação que gerou toda essa confusão.

“Não consigo acreditar que a Globo, a Federação, a Conmebol, a Justiça do Trabalho e a Justiça Desportiva estejam erradas, e a diretoria do Cruzeiro esteja certa. É muito mais fácil transferir responsabilidades e a diretoria do Cruzeiro dizer que a data não foi aquela que agradava ao fundamento único de que o presidente é atleticano do que matar no peito e reconhecer sua incompetência política junto à emissora (Rede Globo)”, disparou Castellar.

“Uma opinião, sem querer causar qualquer tipo de polêmica, eu acho que talvez se o presidente do Cruzeiro fosse o Zezé Perrella até hoje, ele teria conseguido junto à emissora, até pela sua força política, até pela sua votação eleitoral, teria conseguido a troca da data como pretendia”, completou o dirigente. Com 38,400 votos, o presidente do Cruzeiro Gilvan de Pinho Tavares não conseguiu se eleger deputado estadual nas últimas eleições.

Depois das indiretas, Castellar sugeriu o fim do imbróglio. “Agora, é mais do que o momento de virarmos essa página. O Cruzeiro tem dois jogos importantes contra o São Paulo pela Libertadores, são duas finais. E que todos saibam: o sucesso do Cruzeiro é o sucesso da federação e é para isso que a gente torce”,