CBDA quer repatriar 'estrangeiros' do polo aquático

Alessandro Lucchetti
22/01/2013 às 21:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:54

A entrevista coletiva convocada para o lançamento da equipe feminina de natação do Sesi atrasou uma hora. O tempo foi aproveitado por Paulo Skaf, o presidente da Fiesp, e Coaracy Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, para a discussão de uma proposta capaz de elevar sensivelmente o nível da seleção masculina de polo aquático.

A ideia é que o Sesi se encarregue da contratação de Tony Azevedo, carioca que defende a seleção norte-americana, e Felipe Perrone, jogador da seleção espanhola, também nascido no Rio. "Esses jogadores que estão no exterior são bem melhores do que os que temos aqui. Vamos repatriá-los", disse Coaracy.

Felipe adquiriu a cidadania espanhola porque um de seus avôs nasceu naquele país. Tony já disputou quatro edições dos Jogos Olímpicos pelos EUA e conquistou a medalha de prata em Pequim. Sem eles, o Brasil corre o risco de ser um saco de pancadas nos Jogos Olímpicos do Rio. Azevedo e Perrone, se forem de fato repatriados, terão de cumprir um ano de "quarentena", sem poder defender nenhuma seleção, para que possam ganhar nova cidadania esportiva.

Tony foi para os Estados Unidos com apenas um mês de idade. Seu pai, Ricardo Azevedo, jogou pelo Brasil e foi técnico da seleção norte-americana.

Coaracy evitou dar maiores detalhes sobre os planos para o polo aquático, pois havia se comprometido com Skaf a manter sigilo. A revelação não foi a única gafe do dirigente. Ao agradecer o apoio à natação, comentou: "Ainda bem que vocês, do Sesi, não resolveram ir para o vôlei". O Sesi patrocina dois times de vôlei.

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