Ceni aposta em trinca ofensiva, que ainda não balançou a rede, para superar o Inter

Thiago Prata
04/09/2019 às 13:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:25
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro E. C.)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro E. C.)

Três jogos, duas vitórias e um empate. Nove pontos disputados, sete conquistados. O início da Era Rogério Ceni no Cruzeiro é positivo, sem dúvida. E poderia ter sido até melhor, se não fosse aquele gol sofrido na bacia das almas, no empate em 1 a 1 com o CSA. Além da recuperação no Brasileiro, o treinador recolocou o sorriso no semblante do torcedor e a moral do time lá em cima. O próximo passo é uma obsessão: manter viva a chance de ser campeão da Copa do Brasil, título que o ex-são-paulino não detém, mas que esperar acrescentar em seu currículo ainda em 2019, como comandante celeste.

Para isso, precisa de um “milagre”: vencer o Internacional, nesta quarta-feira (4), às 21h30, no Beira-Rio, na partida de volta das semifinais do torneio. Se o triunfo for por dois ou mais gols de diferença, o time celeste crava um lugar na final. Se for por um de saldo, leva a decisão da vaga para a disputa de pênaltis. Difícil é, impossível, não! Só que será necessário que o trio ofensivo, formado por Pedro Rocha, Marquinhos Gabriel e David, os “xodós” de Ceni, estejam numa noite iluminada. É dos pés dessa trinca que o Cruzeiro aposta suas fichas na luta pelo tri consecutivo da competição.

Desde que chegou à Toca II, o treinador deixou claro que a ordem era colocar a Raposa para frente, ofensiva e agressiva, honrando as tradições do clube. Tanto que investiu em formações com apenas um volante de ofício e três avantes rápidos e habilidosos – salvo o jogo contra o CSA, no Rei Pelé, em que Rocha teve um mal-estar no aquecimento e desfalcou a equipe de última hora. O ápice, até agora, foi a vitória por 2 a 0 sobre o Santos. Porém, nem sempre o trio esteve endiabrado.

Instabilidade

A bem da verdade é que a irregularidade tem predominado dentro de campo. Com David, principalmente. Você sabe quando foi a última vez que ele balançou as redes? Faz cinco meses e meio, contra a Caldense, no dia 20 de março, ainda pelo Campeonato Mineiro. Ou seja, em competições do nível da Copa do Brasil e do Brasileiro, ainda não desencantou. O aproveitamento de Marquinhos Gabriel e Pedro Rocha, em números, também deixa a desejar.

Como o Cruzeiro precisa de gols – ou um gol –, Ceni deverá manter a estratégia com três velocistas. Caso abra mão de um deles, fará uso de uma referência de área – sendo Fred o favorito nessa hipótese. Como enfatizava Adilson Batista: “Vamos aguardar”.CLIQUE PARA AMPLIAR

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