(Wagner Carmo/VIPCOMM)
O goleiro Rogério Ceni respondeu apenas nesta quarta-feira, depois da derrota para o Kashima, às declarações de Ney Franco de que tem influência nos bastidores do São Paulo. E foi igualmente duro: segundo ele, se fosse assim, o treinador teria sido demitido bem antes.
"Não vi tudo direito e não tenho muito para falar, nem acho que o momento cabe muito. Se eu tivesse toda a influência que acha que tenho, ele estaria no olho da rua há muito tempo. Eu não esperaria se tivesse o poder de decisão. Sou apenas um funcionário, não decido, não mando", disse ao "Lance!" e ao "GloboEsporte.com".
A resposta de Ceni nesta quarta-feira foi, na verdade, uma tréplica. Foi o camisa 1 do São Paulo quem iniciou a polêmica, dizendo que Ney Franco não havia deixado legado algum ao sair. Na terça-feira, em entrevista publicada pelo jornal "O Globo", o antecessor de Paulo Autuori rebateu e fez duras críticas ao ex-comandado, que foi pivô de seu primeiro atrito em um ano de clube.
"Em 2013, não tive nele (Ceni) o capitão de que precisava. Havia a preocupação de quebrar marcas individuais. Até em contratação: Se chega um nome que é do interesse dele, ele fica na dele; se não é, reclama nos corredores. E isso chega aos contratados, como Ganso, Lúcio. E eu, como técnico, ficava no meio disso", comentou o ainda desempregado treinador à publicação carioca.
Depois de atrito entre ambos no ano passado, por conta de uma sugestão de substituição feita por Ceni durante uma partida, a relação parecia tranquila, tanto que o jogador elogiou o treinador na frente de todo o grupo, no dia de sua demissão. Dias depois, no entanto, passou a alfinetá-lo com críticas e indiretas.
Citado na troca de farpas entre o ex-comandante e o capitão, Ganso não falou nada sobre o assunto, nesta quarta-feira. Destaque do São Paulo na derrota por 3 a 2, tendo feito um gol e dado assistência no de Aloísio, o meia alegou não ter tomado conhecimento da entrevista.