(Célio Messias/Rio 2016)
Chegou a vez de o espírito olímpico se espalhar por Minas Gerais. Nos próximos dez dias, do Triângulo Mineiro à Zona da Mata, o revezamento da tocha vai percorrer mais de 2.700 km em território mineiro, passando ao todo por 32 cidades do Estado, de hoje até o dia 16, quando a chama partirá em direção ao litoral brasileiro.
Primeira cidade do Estado a receber a passagem da chama, Araguari, no Triângulo Mineiro, terá apenas 15 pessoas que vão conduzir o símbolo olímpico em um percurso de três quilômetros pelas ruas e avenidas do município. Um deles é o aposentado Lauro Henriques. Aos 73 anos, ele possui limitações de locomoção e deve carregar a tocha com a ajuda da esposa.
Quem também terá a honra de carregar a chama olímpica é o corredor de rua e triatleta amador Rodrigo Pereira. Aos 39 anos, ele já tem mais de duas décadas de prática esportiva e, hoje, finalmente, vai realizar o sonho de participar de uma Olimpíada.
“Sou apaixonado por esportes desde os Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. Sonhei durante muitos anos em disputar uma Olimpíada como atleta, mas não consegui devido à falta de infraestrutura para treinar em alto nível. Mas, hoje, realizarei o meu sonho de fazer parte dos Jogos Olímpicos conduzindo a tocha”, comemora Rodrigo.
O primeiro dia da caravana por Minas Gerais terminará a 35 quilômetros do ponto de partida, em Uberlândia, onde ficará durante toda a noite, antes de seguir viagem, amanhã, para a vizinha Uberaba (veja a rota completa abaixo).
Na principal cidade da região do Triângulo, um dos condutores será o estudante Victor José Teixeira da Silva, de apenas 15 anos.
“Estou bastante ansioso. Sempre acompanhei as Olimpíadas, e sou fã da competição que reúne os melhores atletas do mundo. O que sempre me fascinou foi o acendimento da Pira Olímpica na cerimônia de abertura. Para que ela aconteça, é preciso ter o revezamento, e eu terei a honra de participar”, festeja o estudante, que foi selecionado após ter participado do concurso feito por um dos patrocinadores em escolas de todo o país.
Já a professora de História Cláudia Guerra foi escolhida pelos organizadores para carregar a chama em Uberlândia. Fundadora, voluntária e diretoria da ONG SOS Mulher e Família, ela não vê a hora de carregar um dos principais símbolos dos Jogos Olímpicos.
“Estou super entusiasmada, fui indicada por conta da minha trajetória social, que tem tudo a ver com o espírito olímpico de amizade, excelência e respeito”, avalia a professora.
Segurança
A Tocha Olímpica será monitorada por 38 instituições de Segurança Pública e Defesa Civil das esferas federal, estadual e municipal. Duas unidades de Comando e Controle Móvel da Secretaria de Estado de Defesa Social estarão presentes nas oito cidades que receberão a tocha.