Após meses de negociação, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou nesta quarta-feira (9) a transferência das provas de ciclismo indoor dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, para fora da capital japonesa. A medida faz parte da política da organização de reduzir custos na preparação do grande evento esportivo.
De acordo com o COI, transferir as provas de Tóquio para a cidade de Izu, a 120 quilômetros de distância, vai trazer uma economia de US$ 100 milhões (cerca de R$ 382 milhões) na construção da estrutura para receber as provas indoor. No total, os organizadores já calculam economia de US$ 1,8 bilhão com mudanças nos locais das disputas.
A mudança nas provas de ciclismo levaram meses para ser confirmada em razão da resistência da União Ciclística Internacional (UCI). Para a entidade, a transferência para uma cidade a cerca de duas horas de distância de Tóquio prejudicaria a "experiência olímpica" dos atletas e torcedores. Mas a UCI acabou aceitando a mudança, corroborada pelo Comitê Executivo do COI.
Para tanto, o Comitê Olímpico Internacional prometeu promover uma "significativa remodelação" do atual velódromo localizado em Izu, principalmente em relação à capacidade de público. Eventos de mountain bike também serão disputados em uma pista que já existe na cidade.
"A experiência dos atletas está garantida. Todos os esportistas e suas equipes que competirão em Izu terão a opção de morar na Vila dos Atletas antes e depois de competirem [fora de Tóquio]. Durante as competições, eles ficarão em vilas satélites localizados próximo ao local da disputa", informou o COI.
Nos Jogos de 2020, as disputas de estrada e provas contra-relógio vão ocorrer na capital, com largada e chegada no Palácio Imperial do Japão. Os eventos de BMX serão realizados numa estrutura temporária erguida em Ariake, no centro de Tóquio, com capacidade para receber 5 mil torcedores. Seria em Ariake que seriam disputadas as provas de pista indoor, agora transferidas para Izu.
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