Demorou, mas o Manchester City finalmente chegou às quartas de final da Liga dos Campeões pela primeira vez em sua história. Nesta terça-feira (15) justamente em uma de suas piores atuações no torneio desta temporada, o time inglês garantiu a classificação mesmo com o insosso empate por 0 a 0 diante do Dínamo de Kiev, em pleno Etihad Stadium, se beneficiando da ótima vitória por 3 a 1 na partida de ida, na Ucrânia.
Se as chances de gol foram praticamente inexistentes nesta terça, isso se deve à falta de ímpeto do City e do Dínamo. Os ingleses se viram em situação confortável graças à ótima vantagem da ida e não queriam se arriscar a mais uma eliminação nas oitavas de final. O time ucraniano, por sua vez, pareceu entrar em campo já aceitando sua eliminação.
Curiosamente, a inédita ida do City às quartas acontece justamente na temporada de despedida de Manuel Pellegrini, que assumiu o time em 2013 com o objetivo de firmá-lo como um dos grandes da Europa mas teve sucesso apenas em âmbito nacional. Em 2016/2017, ele será substituído por Pep Guardiola.
O jogo
Quem esperava um passeio do City em casa, viu o Dínamo tomar conta das ações ofensivas nos primeiros minutos. Para piorar, aos cinco, o capitão Kompany precisou deixar o campo com uma lesão muscular. Aos 22, o outro zagueiro dos donos da casa, o argentino Otamendi, também foi substituído após contusão sofrida minutos antes em choque com Buyalskiy.
Se a situação não era dramática, dada a ótima vantagem conseguida no jogo de ida, a perda de dois zagueiros deixou a torcida do City ressabiada. O time inglês era sufocado pela marcação dos ucranianos, que, por sua vez, tinham dificuldade na criação.
Sem conseguir assustar e também sem sofrer na defesa, o Dínamo se sentiu à vontade para atacar com mais jogadores, buscou cruzamentos de ambos os lados e chutes de fora da área. Mas foi para o intervalo tendo um lance em que Teodorczyk apareceu impedido de frente para Hart como melhor momento.
O segundo tempo continuou insosso em seu início, mas o City já era dono da posse e jogava no campo do adversário. Aos poucos, foi se animando e chegou a assustar em cobrança de falta de Yaya Touré e bela despontada de Agüero, que bateu para fora, mas ainda sem grande inspiração.
Até que aos 15, Navas, que estava muito mal na partida, protagonizou o melhor momento da partida. Ele recebeu na entrada da área pela direita e bateu cruzado, na trave. Aos 25, novo bom lance armado pela direita, Navas rolou para a meia-lua e Touré bateu em cima de Shovkovskiy.
Com o placar que lhe servia para avançar, o City não exibia qualquer ímpeto ofensivo, atitude reproduzida também pelo Dínamo, mesmo com o resultado que lhe eliminava, talvez resignado após a derrota na primeira partida. O time ucraniano ainda teve uma última grande chance antes do apito final, mas Hart impediu a vitória dos visitantes.
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