Clássico fortalece Robinho e reforça deficiências do Cruzeiro nesta temporada

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
24/10/2017 às 08:13.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:21
 (Bruno Cantini/Divulgação)

(Bruno Cantini/Divulgação)

O resultado do clássico mineiro pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro foi, de certa forma, um resumo da temporada vivida por Atlético e Cruzeiro.

Protagonista da vitória alvinegra por 3 a 1 no Mineirão, Robinho deu novos contornos à possível renovação de contrato com o Galo após o desempenho decepcionante neste ano.

Do lado azul, o tropeço expôs outra vez as principais fragilidades da Raposa em 2017, como a ausência de um centroavante goleador e de um titular absoluto na lateral direita.

A oito jogos do término da competição, estas são algumas das grandes questões sobre as quais as diretorias dos dois clubes precisarão se debruçar.

No Atlético, o planejamento ainda depende muito da classificação para a Libertadores. As chances estão em 14% após o término da rodada, segundo o site especializado Infobola.

O Cruzeiro, por sua vez, já tem a vaga garantida pelo título da Copa do Brasil. A contratação de reforços para as posições carentes foi uma das exigências do técnico Mano Menezes ao renovar o vínculo com o clube até o fim de 2019.

Decisivo

O renascimento de Robinho coincide com a chegada do técnico Oswaldo de Oliveira. Sob comando do treinador, ele encerrou um jejum de 23 partidas e voltou a ser a principal referência técnica do Alvinegro.

O Rei das Pedaladas acumula quatro gols e uma assistência em cinco jogos com Oswaldo, todos como titular. No período, o Atlético registrou 66% de aproveitamento na Série A e, após o triunfo no clássico, praticamente eliminou o risco matemático de rebaixamento (menos de 1%).

Com o segundo gol sobre o Cruzeiro, o jogador de 33 anos ainda estreitou os laços individuais com o Galo, ao transformar o clube mineiro no segundo principal da carreira em termos de artilharia. Agora, são 36 tentos, ultrapassando o Real Madrid, mas ainda bem atrás da marca atingida nas três passagens pelo Santos (109).

O Peixe, inclusive, é outro possível destino de Robinho em 2018. Na pior das hipóteses, a reação com a camisa alvinegra significará um “adeus” mais honrado ao camisa 7 após a boa temporada passada, na qual foi o artilheiro do país, com 25 gols, e o destaque individual no vice-campeonato da Copa do Brasil.

Criticados

Vaiados pela torcida, o lateral Ezequiel e o atacante Élber foram defendidos por Mano após o clássico.

Ezequiel passou parte de 2017 machucado, mas retomou a vaga outrora ocupada pelo improvisado Lucas Romero. Laterais de ofício, Lennon foi acionado apenas seis vezes, enquanto Galhardo só começou a ser relacionado na penúltima rodada, após três meses no departamento médico.

No ataque, Rafael Sóbis voltou para a reserva, com apenas dois gols nas últimas 24 partidas. Vice-artilheiro da Raposa no Brasileiro, com seis, Sassá não vai a campo desde o dia 10 de setembro, devido a uma lesão no joelho direito.

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