(Editoria de arte)
A falta de estádios e a dificuldade para conseguir os laudos de segurança exigido pela Federação Mineira de Futebol (FMF), que se baseia no Estatuto do Torcedor, são os principais motivos para um fenômeno que chama a atenção na Segunda Divisão do Campeonato Mineiro: dos 15 clubes que disputam a competição, sete mandam seus jogos em outras cidades.
A lista conta com Betinense, Siderúrgica, União Luziense, Arsenal, Coimbra, Ponte Nova e Ituiutabano.
Arsenal e União Luziense, por exemplo, tiveram que deixar Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e escolheram a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, para exercer o mando de campo.
Endividados e na grande maioria sem patrocinadores, os clubes precisam encontrar maneiras de bancar os deslocamentos, alimentação e outros gastos.
Com uma folha salarial de R$ 30 mil, em média, os dirigentes rebolam para driblar as adversidades. Fazer rifas e dar aos jogadores a responsabilidade de vender ingressos são algumas das saídas encontradas. “Disputamos por amor ao esporte e para ajudar os jovens que sonham com um futuro no futebol. Porém, só temos prejuízos”, conta Osias Campos, presidente do Arsenal.
Nos casos de Ponte Nova e Ituiutabano, a solução foi mudar de cidade e contar com o apoio das prefeituras de Rio Doce e Frutal, respectivamente.
Exceções à regra
Indo na contramão dos adversários, Betinense e Coimbra, melhor estruturados, resistem mais aos impactos financeiros da Segundona.
O primeiro, registrado em Betim, manda seus jogos na Arena do Calçado, em Nova Serrana. Porém, com boas perspectivas, espera ter um estádio próprio em 2016.
“Estamos com o projeto de um estádio para 15 mil pessoas que deverá estar pronto no final do ano”, revela o presidente Júnior Andrade. “Uma construtora que quer investir na cidade irá bancá-lo”, garante.
Já o Coimbra, com sede na capital e gerido por um grupo de empresários, escolheu o Triângulo Mineiro para se instalar.
Em uma parceria com o Uberlândia, tem parte das despesas com alojamento e alimentação bancadas pelo Periquito.