A decisão final sobre quais novos esportes serão adicionados ao programo olímpico dos Jogos de Tóquio, em 2020, não será tomada até agosto de 2016, um ano mais tarde do que estava previsto inicialmente. A inclusão de novos esportes será votada em reunião do Comitê Olímpico Internacional (COI), no Rio, antes dos Jogos de 2016, disse nesta quinta-feira (5) o vice-presidente da entidade, John Coates, após dois dias de reuniões na capital japonesa.
"Embora inicialmente pensássemos que o calendário de provas adicionais estaria concluído em julho, isso é muito ambicioso", disse Coates. "No interesse da transparência, esse é um prazo muito estreito".
Acredita-se que o beisebol e softbol, retirados do programa dos Jogos Olímpicos de Pequim/2008, são os favoritos para retornar em 2020, devido à sua popularidade no Japão e existência de instalações de alto nível.
De acordo com as reformas aprovadas em dezembro pelo COI, contidas na Agenda Olímpica 2020, as cidades-sede podem propor a inclusão de um ou mais esportes para os seus Jogos. Outros esportes também estão fazendo campanha para entrar em Tóquio, como o squash, caratê, o caratê e o surfe, entre outros.
Os critérios de avaliação para os novos esportes estarão prontos até o final de abril, disse Coates. Os organizadores de Tóquio terão, então, tempo para examinar o material antes de propor o que eles querem adicionar ao programa olímpico.
"Todo mundo está seguindo este processo, e não apenas o povo do Japão", disse Coates. "Muitos esportes estão interessados, e esse vai ser um processo muito transparente".
Coates insistiu que novas disciplinas "devem ser atrativas para os jovens". "A universalidade e igualdade de gênero são fundamentais para selecionar novos esportes, mas o COI também considerará um esporte que cada vez mais está ganhando popularidade, especialmente entre os jovens", disse.
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