(Divulgação)
Por enquanto, a expectativa. Quem esperava que o Comitê Olímpico Internacional (COI) pudesse banir toda a delegação da Rússia dos Jogos do Rio depois que um relatório independente constatou a existência de um esquema de doping encoberto pelas autoridades do país, se deparou com uma postura cautelosa da entidade. O Comitê Executivo decidiu por enquanto apenas impedir o credenciamento do ministro do Esporte Vitaly Mutko e dos dirigentes citados na investigação do jurista canadense Richard McLaren.
Embora considere a comprovação do uso de substâncias proibidas pelos atletas russos nos Jogos de Inverno de Sochi’2014 e no Mundial de Atletismo de Moscou’2013 “um ataque sem precedentes à integridade do esporte”, o presidente do COI, Thomas Bach, preferiu deixar nas mãos das federações esportivas e da Corte Arbitral de Lausanne (CAS) o destino da Rússia nos Jogos do Rio.
Até amanhã, a instância máxima da justiça esportiva se prounciará sobre o recurso dos 68 integrantes do time de atletismo russo, excluído da Olimpíada pela Federação Internacional (IAAF). Ontem os integrantes da corte ouviram a campeã mundial e olímpica do salto com vara, Yelena Isinbayeva. “Tive tempo para falar. Estou otimista. Sempre torci pelo melhor.”
Coquetel
Bach pediu aos presidentes das federações que adotem seus próprios procedimentos de acordo com as revelações do “relatório McLaren”. Segundo as investigações do canadense, entre 2012 e 2015 os atletas russos de ponta receberam um coquetel que contava com esteróides, derivados da testosterona e oxandrolona, administrados com a ajuda de bebidas alcoólicas (uísque para os homens e vermute para as mulheres), o que faciltaria a absorção pelo organismo, de forma sublingual.
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