Uma comissão do Comitê Olímpico Internacional (COI) chegou nesta segunda-feira a Pequim para iniciar uma visita de cinco dias para inspecionar os locais que os chineses pretendem utilizar para receber os Jogos de Inverno de 2022. A etapa é a última presencial antes da escolha da cidade sede da Olimpíada, em maio.
Na terça-feira, a inspeção vai começar pela área central de Pequim, onde deverão ficar as instalações de modalidades indoor, como o hóquei no gelo, a patinação artística, a patinação em velocidade, bobsled, luge, skeleton e curling. Depois, os representantes do COI vão para a distante área montanhosa onde a China pretende receber as provas de neve.
Pequim quer ser a primeira cidade da história a receber edições de verão e inverno dos Jogos Olímpicos, mas não pretende utilizar as estruturas construídas para a Olimpíada de 2008, o que vai de encontro com a chamada "Agenda 2020", as novas diretrizes do COI para a organização dos Jogos. Mesmo assim, o custo estimado de US$ 3,9 bilhões pelos chineses ainda fica muito longe dos US$ 51 bilhões gastos pela Rússia pelos Jogos de Sochi, no ano passado.
Depois da desistência de países europeus e sem a inscrição de países da América do Norte (porque os Jogos de 2022 estavam previstos para acontecer na Europa, graças ao rodízio de continentes), o COI tem apenas duas opções. A única cidade que concorre com Pequim é Almaty, no Casaquistão.
Os inspetores estiveram lá no mês passado e gostaram das mudanças de planos, que, em consonância com a Agenda 2020, devem reduzir os custos de organização dos Jogos em US$ 500 milhões. A capital casaque tem como ponto positivo a proximidade entre a área central da cidade e as montanhas onde seriam realizadas as provas de neve, exatamente o maior problema de Pequim. Os chineses, entretanto, argumentam que o esporte de inverno tem a chance de se popularizarem no país mais populoso do mundo.
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