Começou na prática a "intervenção" do Comitê Olímpico Internacional (COI) na organização dos Jogos de 2016. Nesta segunda-feira, o diretor executivo da entidade para os Jogos Olímpicos, Gilbert Felli, participou de videoconferência com o presidente do Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman. Eles discutiram alguns pontos mais urgentes, relacionados a atrasos nas obras da Olimpíada, e definiram que Felli vai vir pelo menos uma vez por mês ao Rio para acompanhar o cronograma da construção de equipamentos esportivos.
O COI está insatisfeito com o que considera "descaso" do governo federal no cumprimento dos acordos estabelecidos em 2009, quando o Rio ganhou o direito de ser sede dos Jogos. Em janeiro, o presidente da entidade, Thomas Bach, esteve reunido com a presidente da República, Dilma Rousseff, a quem pediu agilidade nas obras das instalações olímpicas.
Entre 19 e 21 de março, durante a sexta reunião do Comissão de Coordenação do COI no Rio, dirigentes do comitê internacional reclamaram com autoridades federais que nada havia sido feito desde o encontro de Bach com Dilma. Foi quando houve o sinal verde do COI para que federações internacionais criticassem publicamente a organização dos Jogos e até fizessem algumas ameaças de que poderiam retirar seus esportes da cidade durante a Olimpíada.
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