O vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, saiu em defesa da preparação de Tóquio para os Jogos Olímpicos de 2020 nesta quarta-feira, numa tentativa de abafar as recentes críticas recebidas pela capital japonesa. O aumento nos custos das obras do Estádio Nacional geraram polêmica nos últimos dias.
Coates minimizou a discussão a respeito do aumento de US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 4 bilhões) para US$ 2 bilhões (R$ 6,2 bilhões) nos custos da preparação japonesa, em razão da elevação nos gastos do estádio. Tóquio e o governo japonês debatem como ficarão divididos estes custos.
O aumento nos gastos virou polêmica porque o movimento olímpico vive uma fase de corte de custos. Liderado pelo presidente Thomas Bach, o COI vem implementando a Agenda 2020, que consiste em reformas para baratear a preparação dos Jogos Olímpicos de Verão e Inverno. O baixo interesse das cidades em receber os eventos esportivos seria a principal preocupação do COI.
A elevação nos gastos em Tóquio, portanto, vai na contramão dos novos parâmetros que o comitê tenta impor na organização dos futuros Jogos Olímpicos. Para minimizar a polêmica, John Coates alegou que o Estádio Nacional é de responsabilidade do governo central do Japão, por isso não estaria em linha com as definições do COI, que tem poder de impor suas regras somente a Tóquio.
"O estádio foi sempre um projeto que estava fora do orçamento do comitê e fora da alçada do governo municipal de Tóquio. Não é um assunto que deve estar sujeito às discussões dos princípios da Agenda 2020", argumentou o dirigente do COI. Coates destacou que o estádio também será utilizado futuramente para receber o Mundial de rúgbi, em 2019.
Recentemente, Tóquio revisou seu plano para evitar a construção de novos equipamentos para os Jogos de 2020 e reduzir os gastos. De acordo com Coates, as mudanças resultaram numa economia de US$ 1,7 bilhão (R$ 5,3 bilhõeS).
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