(Fabrice Coffrini/AFP)
O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu revogar parte da suspensão imposta ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) e devolveu à entidade brasileira seus direitos como membro de associações ligadas a comitês olímpicos nacionais. A decisão foi tomada nesta terça-feira pelo Conselho Executivo do COI. O repasse de verbas, contudo, segue suspenso.
O COB foi suspenso no último dia 6, um dia após a prisão de seu então presidente, Carlos Arthur Nuzman, no curso da Operação Unfair Play. Deflagrada pela Polícia Federal, a operação investiga suposto esquema de compra de votos para o Rio de Janeiro sediar os Jogos Olímpicos do ano passado.
A suspensão, de acordo com a regra 59 da Carta Olímpica, congelou todos os pagamentos e subsídios do COI para o COB e tirou a autorização para o comitê brasileiro exercer seus direitos de membro entre as associações de comitês olímpicos nacionais. A decisão desta terça devolve ao COB seus direitos como membro, o que permitirá que a entidade participe do encontro da Associação de Comitês Olímpicos Nacionais e da Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA) esta semana, em Praga, na República Checa.
Segundo comunicado do COI, desde que a suspensão foi imposta o COB passou por "uma série de ações". As mais importantes, na avaliação da entidade internacional, foram a renúncia de Nuzman, a efetivação do vice, Paulo Wanderley Teixeira, como presidente, e o processo para reforma do estatuto.
O COI destacou ainda que o comitê brasileiro está realizando uma auditoria independente que, até o momento, atestou que as contas da entidade foram devidamente auditadas e aprovadas no período que engloba as acusações enfrentadas por Carlos Arthur Nuzman, e que nada foi encontrado com as contas do comitê.
A entidade internacional alertou, contudo, que o COB segue auditando todas as suas contas e que "não haverá decisão sobre o levantamento final da suspensão provisória do COB pelo COI até que este processo seja concluído".
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