Com gol de Otero, Atlético vence o Figueirense fora de casa na Copa do Brasil

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
28/02/2018 às 23:54.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:38
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Para o Atlético, bastará um empate daqui duas semanas para carimbar a vaga na quarta fase da Copa do Brasil, etapa que logo precede as oitavas de final da competição. O Galo, adotando um estilo de jogo cauteloso, calcado no contra-ataque, venceu o Figueirense por 1 a 0 no Orlando Scarpelli, na noite desta quarta-feira (28).

Com marcação firme diante do ataque do Figueira, o Galo derrubou o time que estava invicto nos 12 jogos que fez no ano. Gol de Otero no primeiro tempo, após jogada de Erik e Patric. Victor levou sustos na partida, Fábio Santos tirou gol quase na linha, o Atlético criou novas chances para aumentar. Mas o 1 a 0 deixa os mineiros perto da próxima fase. Vale lembrar que, no duelo de volta em 14 de março, em BH, não há mais peso dobrado para o gol marcado fora de casa. 

NA DEFENSIVA, E SE DANDO BEM
Com os dois pés fincados no chão. Foi assim que Thiago Larghi descreveu o momento vivido por ele no Atlético. Mas também serve para descrever a postura tática do Galo perante os adversários. Fechado na defesa, so saindo no contra-ataque, o alvinegro concluiu os primeiros 45 minutos do duelo diante do Figueira de forma frutífera.

O goleiro Victor teve mais trabalho que o colega Dênis, mas foi o ex-São Paulo que buscou bola na rede. Leonardo Silva começou o jogo vacilante, o time da casa teve escanteios em série, chutes passavam perto do gol. 

Mas o Atlético, em boa jogada de Patric para Erik, que protegeu e girou bem, acionou Otero infiltrando na área. Com tranquilidade, o venezuelano, um dos mais importantes do time, chutou forte no canto, indefensável.

O placar favorável ao Atlético esbarrou em uma etapa ruim de Ricardo Oliveira. Mais do que dar um chute de canhota sem nenhuma direção, o "pastor" errou em outros lances e não estava bem. O Galo ainda teve chance com Róger Guedes, mas o chute de Otero foi o único claro para o gol adversário.

APAGÃO E NOVAS CHANCES

O segundo tempo permaneceu do mesmo jeito. Figueirense atacante, Atlético se defendendo. E os catarinense só não empataram graças a fatores de sorte e a agilidade de Fábio Santos. Em cruzamento pela direita da defesa do Galo, André Luis antecipou Gabriel, mas Victor conseguiu a defesa no abafa.

A bola, entretanto, caminhava para o gol atleticano, mas Fábio Santos, mesmo caído, impediu o gol jogando ela nas mãos de Victor, involuntariamente.

O Atlético deixou de atacar mesmo nos contra-goles. Consegui até fazer bolas tabelas no meio de campo, mas nada que criasse espaço, por exemplo, para Ricardo Oliveira arriscar um chute. Adilson seguia roubando bolas em sequência, Erik e Róger Guedes, entretanto, produziam pouco. Até Otero caiu de produção, fazendo falta perigosa na entrada da área.

Nesta situação, o interino Thiago Larghi fez algo incomum. Substituição antes dos 20 minutos. Mas Róger Guedes não gostou nada de ser sacado para o lugar de Luan. Ficou falando grosso no banco de reservas. Minutos depois, a energia do Orlando Scarpelli caiu, aos 18 do segundo tempo. Só voltou 15 minutos depois. 

E o primeiro lance chamativo foi uma entrada de sola de Betinho na canela de Ricardo Oliveira. Já amarelado, o volante deveria ter sido expulso. Pouco depois, um cruzamento perigoso na área do Figueira. Gabriel escorou para Ricardo Oliveira cabecear, mas o gol do Figueira tinha 3 homens bem postados. No rebote, Gustavo Blanco jogou por cima. 

Apagado na partida, Ricardo Oliveira logo criaria uma jogada de quase rendenção total. Recebeu na intermediária, jogou a bola para frente e, de canhota, obrigou Dênis a se esticar todo para impedir um belo gol. No escanteio, Otero tentou o chute olímpico, e o goleiro do Figueira teve novo trabalho para desviar a bola. Nisso, o Galo já tinha colocado Cazares em campo, que teve mais refinamento no toque de bola. 

No fim do jogo, o Figueira assustou em dois lances. Primeiro, André Luis dominou a bola de costas, na pequena área, após rebote de escanteio. Mas isolou ao arriscar uma bicicleta. Em cobrança de escanteio, Victor não teve segurança para defender o cruzamento, e quase falhou. 

FIGUEIRENSE 0X1 ATLÉTICO 

Figueirense: Dênis, Samuel, Cleberson, Nogueira e Guilherme Lazaroni; Zé Antônio e Betinho; Jorge Henrique (Ronaldo), João Paulo (Ermel) e Felipe Amorim (Victor Cedrón); André Luis. Técnico: Milton Cruz

Atlético: Victor, Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson (Gustavo Blanco) e Elias; Róger Guedes (Luan), Erik (Cazares) e Otero; Ricardo Oliveira. Técnico: Thiago Larghi. 

Gol: Otero, aos 31'/1ºT
Arbitragem: Bruno Arleu de Araújo, auxiliado por Luiz Claudio Regazone e Gabriel Conti Viana. Trio do Rio de Janeiro
Cartões amarelos: Elias, Róger Guedes, Gabriel, Gustavo Blanco e Leonardo Silva (CAM); Betinho, Cleberson (FIG)
Público: Não divulgado
Renda: Não divulgado

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por