Com incentivo brasileiro, Atlético Nacional encara japoneses por vaga na final do Mundial

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
13/12/2016 às 20:25.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:04

Chegou a hora de as principais forças do Mundial Interclubes entrarem em campo. Pelo segundo ano consecutivo no Japão, depois de disputado no Marrocos em 2013 e 2014, o campeonato dá, aos representantes de Ásia, África, Oceania e América do Norte uma vitrine privilegiada, mas apenas duas vezes na fórmula atual a final não reuniu o vencedor da Liga dos Campeões da Uefa e o campeão da Copa Libertadores – coincidentemente, quando times brasileiros ficaram pelo caminho: o Internacional, em 2010, e o Atlético, em 2013. Por outro lado, a hegemonia europeia só foi quebrada pelo mesmo Internacional (2006), pelo São Paulo, um ano antes, e pelo Corinthians (2012).

É buscando reescrever essa história que o Atlético Nacional estará hoje em ação às 8h30 (de Brasília) em Osaka para encarar o Kashima Antlers, time da casa que pela primeira vez disputa a competição. E os Verdolagas podem se apoiar em um grande incentivo verde e amarelo para avançarem à decisão e, em seguida, desafiarem o Real Madrid – uma derrota dos merengues para o América-MEX amanhã, em Yokohama, parece bastante improvável. A solidariedade de clube, torcida e do povo colombiano diante da tragédia envolvendo a delegação da Chapecoense, que os enfrentaria na decisão da Copa Sul-Americana, originou uma legião de fãs por todo o país. Assim como o gesto de abrir mão do título internacional em prol da equipe catarinense, que ganhou vaga na Libertadores de 2017, um incentivo e tanto para se reconstruir.

E do time que enfrenta os japoneses, também com uma forte ligação com o futebol brasileiro (Zico é seu maior ídolo, como jogador e treinador, e Leonardo também vestiu a camisa do Kashima), vários nomes são conhecidos do torcedor e cobiçados por dirigentes e clubes verde e amarelos. Caso dos armadores Alejandro Guerra, disputado por Santos e Palmeiras, e Macnelly Torres; do atacante Borja, um dos grandes nomes da conquista da Libertadores e do zagueiro Felipe Aguilar. O experiente volante Diego Árias defendeu o Cruzeiro por duas temporadas. O técnico Reinaldo Rueda só não conta com o atacante Ibargüen, que chegou a viajar com a delegação, mas foi vetado pelo departamento médico. Ele evitou qualquer referência a um provável encontro com o Real Madrid e pregou respeito ao Kashima. “Eles são rápidos e organizados com a bola. Teremos de fazer um jogo perfeito”.

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