(Vipcomm)
Pode ter sido fazendo gol, no empate desta quarta-feira com o Grêmio, o último jogo de Luis Fabiano pelo São Paulo. Ao final do 1 a 1 em Porto Alegre, o atacante confirmou ter recebido propostas e, dizendo-se chateado com parte da torcida, admitiu a possibilidade de ir para o exterior na abertura da janela de transferências.
"Que existe a possibilidade, existe, a gente não pode mais esconder isso. Existem algumas propostas. De onde são, não quero falar, não é o momento. Mas, nesta parada, a gente vai resolver toda essa situação, sem dúvida nenhuma, porque não tem condição de ficar jogando com a cabeça em outro lugar", falou o jogador de 32 anos.
Segundo ele, mais do que a declaração infeliz do presidente Juvenal Juvêncio - que, mais de um mês atrás, falou que o venderia no meio do ano se recebesse proposta vantajosa -, o que o tem incomodado é ser apontado como culpado por insucessos, em protestos no Morumbi e no CT da Barra Funda.
"Quando perde, tenho que ouvir meu nome ser gritado no portão. É um desgaste muito grande, tem me incomodado muito. Todos sabem meu carinho pelo clube e o quanto eu me esforço para honrar essa camisa. Eu não quero ser vilão de derrota, não quero atrapalhar o São Paulo. Se o São Paulo ficar melhor sem mim, sou o primeiro a sair", explicou.
O diretor de futebol do clube, Adalberto Baptista, também confirmou ter recebido ofertas de equipes estrangeiras, as quais serão analisadas a partir de agora, com a pausa no calendário nacional em função da disputa da Copa das Confederações. Olympiacos, da Grécia, e Galatasaray, da Turquia, seriam os principais interessados.
"Efetivamente, não analisamos nenhuma. Chegaram propostas para ele, para o empresário dele e para nós. Fizemos um pacto para que ele tivesse o máximo de
comprometimento nessas cinco rodadas do campeonato e então analisaríamos a situação. Ele fez uma grande partida hoje. Pode ser um facilitador para ele ver o quão é importante para o time. Quiçá, ele permaneça", comentou.
Luis Fabiano tem contrato até 13 de março de 2015. A diretoria já admitiu negociá-lo por seis milhões de euros, valor pouco inferior aos 7,5 milhões de euros pagos há dois anos ao Sevilla para repatriá-lo.