Com Victor debaixo do travessão, 31% dos pênaltis contra o Atlético não entraram no gol

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
07/06/2017 às 02:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:57
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Quando a coxa direita de Victor desviou a trajetória do chute de Willian, mais do que garantir um ponto fora de casa para o Atlético no Brasileirão, o goleiro voltou a brilhar no lance que o consagrou. O camisa 1 chegou à 11ª defesa de pênalti defendendo o Galo. No retrospecto geral com Victor debaixo das traves, quando a bola está na marca da cal, o clube alvinegro viu praticamente 1/3 das cobranças não balançar as redes.

O "santo" teve que tentar defender pênalti contra o Atlético em 45 ocasiões, desde 2012, quando chegou ao clube. Virou herói no "Milagre do Horto", na Libertadores de 2013, ao isolar o chute de Riascos aos 48 minutos do 2º tempo. Apareceu para "salvar" o Galo na semifinal e na final do torneio, com outras duas defesas. Ainda virou pesadelo para o Willian 'do Bigode', que falhou duas vezes diante de Victor, sendo a primeira em 2015 no clássico do segundo turno do Brasileirão e no último domingo, já no Palmeiras.

Revelado no Atlético, o goleiro Diego Alves é o maior pegador de pênaltis do mundo. De 52 cobranças, defendeu 25 e duas foram na trave. Aproveitamento de 52%. No Brasil, o Globoesporte.com levantou o aproveitamento dos goleiros de 2015 para cá, com Gatito Fernández líder, tendo 38% de sucesso

Além desses 11 defesas, Victor viu uma cobrança indo para fora, diante do Newell's Old Boys, e duas bolas na trave, também diante dos argentinos e na finalização que decretou o campeonato da Libertadores, chute de Giménez no Mineirão. Assim, das 45 cobranças, 14 foram para fora, 31% de aproveitamento do goleiro alvinegro. 

O recorde de sequências de Victor tendo sucesso na hora do pênalti foi justamente entre a semifinal da Libertadores e a decisão. O Newell's acertou as duas primeiras cobranças e falhou nas últimas três, com o camisa 1 parando Maxi Rodríguez. Depois voltou a defender o primeiro chute do Olimpia, com Miranda. E tudo começou com um jogador que viria a ser companheiro do arqueiro. Araújo, no Náutico, cobrou o primeiro pênalti defendido por Victor no alvinegro, em 2012. 

Por falar num jogador que cobrou pênalti em Victor e se tornou seu companheiro, o atacante Fred passou pela mesma situação no Fluminense. Na goleada do Galo por 4x1 em 2015, o camisa 9 descontou para os cariocas no Mané Garrincha, em cobrança no canto. Além de 2013, com as duas disputas por penalidades, o ano passado foi o qual Victor mais teve que vencer o adversário nas faltas dentro da área. Foram 10 cobranças, contando com 4 diante do Juventude, nas quartas da Copa do Brasil. Naquela ocasião, o "santo" fez duas defesas na disputa e classificou o Galo.

SEM O CINZA DA SORTE
Quase sempre usando a camisa acinzentada, que lhe traz sorte, Victor deve culpar o 'Padrão-Fifa' em obrigá-lo a usar laranja no Mundial de Clubes. Ele poderia ter voltado a aparecer nos pênaltis e impedido o gol do Raja Casablanca que voltou a deixar o time de Marrocos a frente do placar, com o meia Moutaouali. Além disso, na disputa de 3º lugar contra o Guangzhou Evergrande, o Galo venceu por 3 a 2 e Victor sofreu um gol de pênalti de Dario Conca. Frederico Ribeiro / N/A

Levantamento de todos os gols contra o Atlético com Victor no gol (Foto: Bruno Cantini)

*Atualizada às 14h06, com inclusão de um pênalti no Mundial de Clubes, disputa de 3º lugar 

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