O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 não vai contar com um centavo de dinheiro público. A informação, nova, foi dada pelo diretor de comunicação do órgão, Mario Andrada, durante um painel no 8º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que terminou nesta terça-feira, na PUC do Rio, e reuniu 1,3 mil pessoas de 87 países.
O próprio dossiê da candidatura do Rio previa que 31% do dinheiro do Comitê Organizador dos Jogos viria da prefeitura da cidade. Agora, conforme a informação de Mario Andrada, os custos administrativos do órgão serão bancados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Ainda de acordo com o diretor de comunicação do Comitê Organizador, a divulgação da Matriz de Responsabilidade das três esferas de governo sobre os gastos com os Jogos do Rio ainda está sem prazo definido. O COI já cobra essa medida há três anos.
Mario Andrada atribuiu em parte essa indefinição sobre a Matriz de Responsabilidade à mudança do cenário político no País desde o início das manifestações de rua, em junho. Para ele, haveria agora um cuidado extremo das autoridades para divulgar números precisos. "Posso garantir a transparência do Comitê Organizador com relação a gastos, investimentos, números", disse o diretor.
Do debate no Congresso Internacional da Abraji, participaram estudantes e jornalistas, entre os quais Jorge Luiz Rodrigues e Gilmar Ferreira, que já cobriram várias edições da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos e dividiram a mesa com Mario Andrada.
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