(AFP)
Anderson Silva foi flagrado pelo uso de dois esteroides anabolizantes (drostanolona e androsterona) em exame surpresa realizado dia 9 de janeiro. E a situação do lutador ficou ainda mais complicada nesta terça-feira (17) à noite, quando foi anunciado que mais uma substância proibida (benzodiazepina, que inibe a ansiedade) foi detectada no exame do dia da última luta.
Dana White, presidente do UFC, dará uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18), em Las Vegas, nos Estados Unidos, e promete ser duro com o lutador brasileiro. "Não vou falar coisas boas", disse o dirigente da categoria, que admitiu ter ficado decepcionado com o ex-campeão dos médios pelo uso de doping antes da luta do dia 31 de janeiro, contra o norte-americano Nick Diaz.
O brasileiro venceu o duelo por pontos após cinco assaltos. Ele ficou 399 dias afastado das lutas por causa de uma fratura na perna direita sofrida em combate diante do norte-americano Chris Weidman. Com o caso de doping, Anderson não recebeu a bolsa de US$ 800 mil (R$ 2,2 milhões) e mais o bônus de US$ 200 mil (R$ 565 mil).
Além disso, o lutador foi retirado do reality show (TUF 4), organizado pelo UFC e pela TV Globo, no qual era o treinador de uma das equipes. A vitória sobre Nick Diaz foi cancelada.
Anderson Silva esteve representado pelo advogado Michael Allonso. O lutador brasileiro não compareceu à audiência da Comissão Atlética de Nevada, e dessa forma perdeu a chance de ser ouvido, de argumentar sobre o uso de substâncias proibidas. Aos 39 anos, Anderson Silva poderá ser impedido de lutar por até duas temporadas. A punição poderá antecipar a aposentadoria de um dos atletas mais importantes do MMA.
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