Compatriota e líderes do Atlético viram 'conselheiros' para Cazares se adaptar ao clube

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
06/05/2016 às 18:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:18
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Um furúnculo na perna transformou Juanito Cazares em um mero espectador da vitória do Atlético diante do Racing. Ele até poderia entrar em campo, mas foi cortado do banco pelo técnico Diego Aguirre. Além do problema na perna, Cazares passa por um processo de adaptação no Brasil. 

Aos 24 anos, o jogador deixou o Banfield para disputar a Libertadores por um dos favoritos ao torneio. Para evitar perda de foco em fatores extra-campos que seduzem e acompanham a fama repentina, o camisa 11 do Galo tem a orientação do compatriota Erazo e dos dois maiores líderes do elenco.

Victor, Leonardo Silva, vice e dono da braçadeira de capitão do time alvinegro, se juntaram ao zagueiro equatoriano para criar uma 'roda de proteção' em Cazares. Cobranças e orientações fizeram parte de uma conversa entre as partes. 

Juanito já teve que passar por algo parecido na Argentina. Quando saiu das categorias de base do River Plate para ser protagonista no Banfield, venceu a Segunda Divisão da Argentina. Mas, no começo da passagem pelo Taladro, chegou a se ausentar em sessões de treino, como revelou o técnico do Chivas, Matías Almeyda, à reportagem. O ex-volante argentino trabalhou com 'a joia equatoriana' no River e no Banfield.                                                                                                                                                 Bruno Cantini/Atlético

Erazo, Leonardo Silva (abraçado com Cazares) e Victor são os 'guardiões' do camisa 11

O técnico Diego Aguirre disse não ter conhecimento de problemas fora das quatro linhas de Cazares. Apenas afirmou que o jogar segue em um caminho para se sentir mais confortável na nova realidade e, por escolhas de campo, o cortou do banco de reservas.

"O Juan Cazares é um grande jogador, é novo. Ainda está se adaptando. Ajudou em alguns momentos e em outros nem tanto. É uma opção como tantas. Eu tenho uma riqueza no elenco e eu posso usar qualquer um. Hoje, eu usei o Carlos, mas poderia pegar o Dátolo, o Clayton, o Pratto... Para alguém jogar, outro tem que ficar fora. São opções", disse, após a vitória que garantiu o Galo nas quartas de final.

O empresário de Cazares, Jorge Marino, entretanto, disse desconhecer até mesmo problemas de adaptação do cliente. Apenas revelou o furúnculo na perna como causa da ausência do camisa 11.

"Foi um forte golpe que ele sofreu na perna. Está em tratamento. A zona da lesão ficou febril", disse o agente.

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