(Leo Correa/Divulgação/CBF)
O jogo da seleção brasileira contra o Peru neste domingo (12), às 21h30 (de Brasília), em Boston, ainda vale pela primeira fase da Copa América Centenário, mas para Dunga já pode ser considerado o primeiro "mata-mata".
O empate basta ao Brasil para passar de etapa, inclusive como primeiro, desde que o Equador não goleie o Haiti por diferença superior a seis gols, em partida também neste domingo (12).
Porém, se a seleção perder, provavelmente dará adeus à competição, já que os equatorianos devem vencer os haitianos, combinação que eliminaria o time de Dunga.
Uma queda precoce no torneio faria o treinador correr enorme risco de perder o cargo. Mas a eliminação na primeira fase, algo que não acontece desde a Copa América de 1987, não é a única situação que coloca a perigo o emprego de Dunga.
Ser eliminado nas quartas de final ou até na semifinal pode significar a queda do técnico, já que, desde que ele reassumiu o cargo, em julho de 2014, a seleção só teve regularidade em amistosos.
Na Copa América-2015, no Chile, foi batido nas quartas de final pelo Paraguai. Nas eliminatórias para a Copa-2018, após seis rodadas, ocupa apenas a sexta posição, com nove pontos, quatro atrás dos líderes Equador e Uruguai. Hoje, a seleção não se classificaria para Copa.
"Ser técnico da seleção brasileira é sofrer pressão o tempo inteiro. Estamos acostumados", tem dito Dunga. Para a cúpula da CBF, a Copa América serve de avaliação. Há preocupação com a vaga na Copa de 2018, claro, mas há também atenção para os Jogos Olímpicos do Rio.
Tanto que a direção da confederação decidiu que Neymar, craque brasileiro da atualidade, ficasse fora do torneio nos EUA para ser liberado para a Rio-2016.
O ouro inédito poderia dar alguns meses de tranquilidade para a entidade, cujo presidente, Marco Polo Del Nero, é acusado de corrupção. A questão é que Dunga é o técnico das seleções principal e olímpica, formada por atletas sub-23 com três reforços acima dessa idade --um deles será Neymar. A convocação para os Jogos será em 29 de junho, três dias depois da final da Copa América.
Para se manter no cargo, Dunga e sua comissão técnica fizeram mudanças no elenco, como afastar a maioria dos jogadores que participaram da derrota para a Alemanha por 7 a 1 --como David Luiz, Marcelo e Fernandinho.
Contra o Peru, o zagueiro Miranda volta para o time titular após perder os dois primeiros jogos porque estava machucado. Walace, 21, revelação do Grêmio, deve substituir Casemiro, suspenso, como primeiro volante.
BRASIL
Alisson; Daniel Alves, Gil o Miranda, Marquinhos e Filipe Luis; Lucas Lima, Elias, Renato Augusto, Willian e Philippe Coutinho; Jonas. T: Dunga
PERU
Pedro Gallese; Renzo Revoredo, Christian Ramos, Alberto Rodríguez e Miguel Trauco; Óscar Vílchez e Renato Tapia; Alejandro Hohberg, Christian Cueva e Edison Flores; Paolo Guerrero. T: Ricardo Gareca