A punição para os competidores pegos em exames antidoping será mais dura no atletismo. Nesta quinta-feira, em Moscou, o Congresso da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) aprovou por unanimidade o aumento da suspensão de dois para quatro anos, mesmo para atletas flagrados pela primeira vez. A mudança é uma forma de pressão para que a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), que terá seu próximo código antidoping em votação no mês de novembro, tome a mesma atitude.
A modificação chega dois dias antes do início do Mundial de Atletismo em Moscou, que começa no sábado manchado pelo doping de dois dos principais atletas da temporada. O norte-americano Tyson Gay era o líder do ranking mundial dos 100 metros, com 9s75, até o positivo em um exame fora de competição em maio.
Quatro atletas jamaicanos - incluindo o ex-recordista mundial Asafa Powell - também foram pegos no doping, em testes realizados durante o Campeonato Jamaicano, em junho. Além disso, um escândalo no atletismo turco estourou no início da semana, quando 31 atletas do país foram suspensos - o presidente da federação local renunciou ao cargo.
A Iaaf anunciou que todos os participantes do Mundial - cerca de 2 mil atletas - terão amostras de sangue coletadas para a realização do passaporte biológico. Além disso, todos os medalhistas farão exames de urina, bem como serão realizados testes-surpresa. A medida foi adotada há dois anos, na edição de Daegu, na Coreia do Sul.
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