Desde o começo da semana passada, qualquer contratação no Palmeiras tem de passar pelo crivo do Conselho de Orientação Fiscal (COF) do clube. Presidente do órgão, Alberto Strufaldi afirma que este procedimento só vale para a gestão de Arnaldo Tirone, garantindo que o futuro presidente (a ser escolhido nas eleições do dia 21 de janeiro) estará livre de ter de pedir o seu aval. "Só tomamos essa medida agora porque fizemos uma série de recomendações antes ao Tirone, e não fomos atendidos", avisou o dirigente.
Por causa do difícil momento financeiro do clube, Tirone e o departamento de futebol têm de justificar qualquer contratação, para não complicar mais ainda os cofres palmeirenses. Por enquanto, eles não passaram nenhum nome ao COF. Até por isso que nenhum reforço foi vetado. "Ninguém nos perguntou nada", afirmou o presidente do órgão.
Este poder do COF tem irritado muita gente no clube. De acordo com Piraci Oliveira, diretor jurídico, o fato de o Conselho ter de chancelar qualquer ideia de contratação é um passo atrás para o Palmeiras. Segundo ele escreveu em seu blog, essa ação "aniquilou nossas possibilidade de contratações".
"Transações com atletas acontecem em sigilo e se prolongam em propostas e contrapropostas que simplesmente não sobrevivem se a cada passo tivermos que 'pedir a bênção' a outro Poder do clube", escreveu Piraci Oliveira.
Para Strufaldi, não é isso que atrapalharia qualquer chegada de reforço. "Em três horas a gente dá a resposta, não daria nem tempo de vazar a informação", afirmou o presidente do COF.
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