O Corinthians reagiu com indignação à notícia de que o ex-presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona, morto em 2014, teria agido nos bastidores da Conmebol para indicar o árbitro paraguaio Carlos Amarilla para apitar a partida entre o time paulista e o Boca Juniors, pelas oitavas de final da Libertadores de 2013. Naquele jogo, os brasileiros tiveram um gol mal anulado, dois pênaltis não marcados e acabaram eliminados da competição.
"Aquela arbitragem foi muito estranha, causou até constrangimento. Agora, saindo essa notícia, é mais um motivo para a gente estar ainda mais atento a tudo o que aconteceu. O Corinthians não vai deixar de lado uma situação tão séria e importante", afirmou nesta segunda-feira o gerente de futebol Edu Gaspar.
No domingo (22), o canal "TV América", da Argentina, revelou gravações entre Grondona e Abel Gnecco, diretor da Escola de Árbitros da AFA e representante da entidade na Comissão de Arbitragem da Conmebol. Na conversa, Gnecco revela que pressionou Carlos Alarcón, diretor da comissão, a escalar Amarilla.
A diretoria do Corinthians ainda não definiu quais serão as medidas que o clube vai tomar, mas Gaspar pediu punição aos envolvidos. "Já descobriram o vazamento das informações, agora vamos esperar as investigações. Estamos à disposição para continuar e ir até o final para tirar tudo a limpo porque isso é uma coisa muito feia e chata para o futebol, principalmente para nós, corintianos", disse.
Edu também criticou duramente Amarilla. Em 2013, o Corinthians já havia pedido à Conmebol que o árbitro paraguaio não voltasse mais a apitar jogos do Corinthians em competições organizadas pela entidade. "Ele não tinha nem de ter saído do Pacaembu naquele dia. Foi uma coisa absurda. Quando começou o jogo, com sete minutos, eu já percebi que teríamos dificuldades por causa da forma que ele estava apitando, como deu amarelo para o Sheik e como se dirigia aos nossos atletas."
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