(CARLOS RHIENCK/Hoje em Dia)
Uma, duas...80. “Foi a primeira vez que contei”, disse, empolgada, Daniela Ank, desenrolando cuidadosamente cada uma de suas medalhas. “Essa foi minha primeira”, completou ela, apontando a medalha com orgulho. Há seis anos, a coordenadora de edição de documentos, hoje aos 35, deixou para trás 18 quilos e encontrou um esporte que virou hábito: a corrida de rua. Motivada a perder peso, no novo esporte ela encontrou também um novo amor, ao conhecer Hudson Lugero. A afinidade pela prática esportiva os aproximou. Eles se casaram há três anos. “A gente se reencontrou pela corrida. Tinha me separado e nos conhecíamos de vista. Foi quando surgiu o assunto de corrida e começamos a trocar informações. Começamos a correr juntos e terminávamos as provas de mãos dadas”, conta. Hoje, Hudson está se recuperando de uma hérnia para voltar a treinar. Daniela se atraiu pelo esporte devido à liberdade de poder praticá-lo a qualquer momento, mas lembra que o começo não foi nada fácil. “Sempre tive pouco fôlego, não conseguia correr 30 segundos. Era uma barreira que tinha, foi um desafio para superar”, lembra, ressaltando que o objetivo, agora, é se sentir bem e estar em paz com a saúde. “Correndo, viajo em pensamento, além da disposição física que mudou a minha vida”, acrescenta. Para dar aquela virada na vida e se tornar uma corredora, no início, a coordenadora de documentos recebeu incentivo de um grupo de corrida no trabalho. “Marcávamos seis horas da manhã de domingo”, diz. Agora, individualmente, ela corre de quatro a cinco vezes na semana, uma distância total entre 30 km e 40 km, além de trabalhar um reforço muscular para não sofrer lesões, fazer check ups regularmente, e influenciar os amigos. O tinir das medalhas na varanda de sua casa só demonstra o valor que ela dá a sua coleção. “Estava com problema logístico para guardar, comprei um porta medalha, mas só cabem 20 e 30. Fiz uma cortina de medalha e coloquei na varanda”, relata. Viagens Em Belo Horizonte ou por onde quer que vá, Daniela leva em sua bagagem um par de tênis e roupas confortáveis, aproveitando para conhecer pontos turísticos de várias cidades. Foi assim em Florianópolis, Paris, entre outras cidades, colecionando histórias de cada uma delas. “Quando você vai a pé é outra coisa, integra mais e passa a fazer parte do lugar”, argumenta. Por outras vezes também, a atual corredora viajou apenas para participar de competições, sempre tentando se superar e reduzir o tempo. “Já fiquei viciada em adrenalina, é um ânimo extra. A minha prova preferida é a Volta da Pampulha, mas já participei de duas São Silvestre e corri em vários estados”, enumera. PERFIL Daniela Ank, coordenadora de edição de documentos Nascimento: 20/11/1978 Prato preferido: risoto Livro de cabeceira: “Uma trufa e... 1000 lojas depois” Filme: “Um sonho de liberdade” (EUA, 1994) Frase: “Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo. Mas qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim”, Chico Xavier.