Crescimento da seleção argentina deixa torcida chilena preocupada

Estadão Conteúdo
02/07/2015 às 08:57.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:44
 (Luis Acosta)

(Luis Acosta)

A pressão de uma longa espera por uma conquista de peso une argentinos e chilenos na decisão da Copa América, sábado (4), em Santiago. Os donos da casa já foram quatro vezes vice-campeões do torneio, mas nunca levantaram a taça. A Argentina vive um jejum de 22 anos sem títulos - o último foi a Copa América de 1993. Nesse contexto, a classificação para a final foi um alívio, mas, ao mesmo tempo, motivo de preocupação, principalmente para os donos da casa.

A goleada da Argentina sobre o Paraguai fez o país inteiro trocar o ufanismo e o otimismo de um título que parecia iminente por uma postura mais realista, na linha "é difícil, mas não é impossível". Os chilenos ficaram incomodados com as canções argentinas que ecoaram em Concepción, após a classificação de Messi e companhia, que diziam, em linhas gerais, que o "Chile tem medo".

Essa foi a mesma linha da cobertura da imprensa argentina após a goleada histórica sobre o Paraguai. E logo surgiu uma estatística para deixar os chilenos ainda mais preocupados: das seis edições da Copa América no Chile, a Argentina venceu quatro, duas foram do Uruguai. "É difícil saber o que vai acontecer, mas dificilmente vamos sofrer sete gols", disse Mena, lateral do Cruzeiro.

O técnico Jorge Sampaoli, do Chile, já havia percebido a pressão pelo resultado antes mesmo de a Argentina se classificar. "Nosso time não está acostumado a disputar títulos, e isso pode trazer alguma dificuldade. Sentimos a pressão contra o Peru, mas avançamos. Vamos fazer o nosso jogo na final", disse.

Do outro lado, a Argentina busca seu 15º título continental para se igualar ao Uruguai, o maior vencedor do torneio. O técnico Gerardo Martino falou que não se importa muito com o jejum. "Temos um compromisso com a decisão de sábado. A história não é determinante".

Terceira chance

Paralelamente ao jejum de cada seleção, o argentino Lionel Messi, o grande nome das semifinais, leva seu tabu pessoal para a final do Estádio Nacional. Esta será a sua terceira chance de conquistar um troféu com a camisa da seleção, algo inédito em sua carreira. Ele perdeu a Copa América de 2007 para o Brasil e a Copa do Mundo para a Alemanha. "Esta é minha terceira final com a seleção e estamos em bom momento. Chegamos bem para essa final", disse o craque do Barcelona.
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