(THOMÁS SANTOS/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO )
Há poucos dias, Rafael Carioca estava com um pé fora do Atlético, alvo de proposta do Tigres (México). A saída do volante satisfaria uma grande parcela da torcida. Em curto espaço de tempo, porém, o camisa 5 soube contornar a pressão que sofria. Antes vaiado, saiu de campo como destaque nas duas últimas partidas do time.
Um dos atletas mais antigos do elenco alvinegro, Carioca vive o melhor momento individual na temporada. Impecável contra o Flamengo, quando não deixou Éverton Ribeiro aparecer, e peça fundamental na atuação do Galo diante do Jorge Wilstermann, pela Libertadores, ele é a bola da vez no clube.
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Pilar do sistema 4-1-4-1 do técnico Rogério Micale, ele é o responsável pela saída de bola e se destaca pelos passes. Tudo bem que muitos toques são para trás, com grau de dificuldade menor. Mas é raro ver o jogador perder o controle da bola. Com ela no pé, se destaca entre os demais do país. O suficiente para o treinador já cogitar um retorno à Seleção Brasileira.
“Se ele continuar o que vem mostrando nos últimos jogos, acho que volta a ter chance na Seleção Brasileira. Difícil o Rafael perder bola. Tem interceptação de passe, corta a linha de passe do adversário de maneira que poucos no Brasil fazem”, avaliou Micale.
Carioca pode até ter o melhor desarme do Brasileirão, como insinuou Micale, mas não é o maior ladrão de bolas da competição. Ainda está longe dos líderes desta estatística: Gilberto e Jean (Vasco), Fágner (Corinthians) e Lucas Romero (Cruzeiro).
Mas, em outra especialidade, Carioca se destaca. Só três atletas acertam mais passes do que ele nesta Série A: Jucilei (São Paulo), Guilherme Arana (Corinthians) e Arthur (Grêmio).
As “porradas” recebidas pela torcida foram assimiladas pelo camisa 5. A boa fase, no entanto, terá de esperar uma rodada do Brasileirão. Ele recebeu o terceiro cartão amarelo na última rodada e não enfrentará o Fluminense na segunda-feira.
Inclusive, se não fosse pelos seis cartões já recebidos, Rafael Carioca teria disputado todos os jogos do Galo na competição. Foram 18 aparições, o recorde, ao lado do goleiro Victor.