(Bruno Haddad/Cruzeiro)
Bruno Haddad/Cruzeiro
O técnico Mano Menezes pede na Justiça que o Cruzeiro lhe pague R$ 4,3 milhões por descumprimento de contrato e cláusulas trabalhistas. No entanto, o departamento jurídico do clube tenta desqualificar o pedido por causa da ausência do treinador e seus representantes na audiência virtual da última segunda-feira, em que o reclamante não compareceu ao encontro, se explicou, mas os advogados da Raposa querem o arquivamento do processo.
Por meio de seus advogados de defesa o técnico Mano Menezes alegou problemas com a conexão, o que o impossibilitou de entrar em hora marcada na reunião virtual em sessão da 42ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. A juíza substituta Solainy Beltão dos Santos pediu explicações e, logo que as recebeu, aceitou-as marcando novo encontro. O Cruzeiro discorda e tenta desqualificar a defesa de Menezes.
Os advogados do Cruzeiro alegam que houve uma longa espera para que o reclamente e seus representantes estivessem online durante o encontro, e que depois de uma hora após o início da audiência é que houve, de acordo com documentos, tentativa de entrada na sessão virtual.
“Destaca-se que a todo momento durante a audiência, do d. Juizo diligenciou à exaustão e verificou todos aqueles que aguardavam na sala de espera, para monitorar possível chegada do Reclamante e de seu procurador, realizando inúmeras chamadas individualizadas para cientificar a presença ou não do reclamante e de seu advogado (...) A impossibilidade técnica não pode ser somente alegada”, contesta o Cruzeiro, que pede provas de um contato anterior feito pela defesa com a secretaria da 42ª Vara.
“Deste modo, o Reclamante juntou aos autos comprovante de que tentou acesso à sala de audiências mais de 01 hora após o início da mesma, o que somente comprova que por negligência de não acessar no HORÁRIO DESIGNADO PARA A REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA, e por coincidência, reclamante pessoalmente e seu procurador, não compareceram à referida assentada (sic)", reclamam os representantes da Raposa.
De acordo com o processo a imagem anexada pela defesa de Mano Menezes mostra a tela do computador e o relógio marcando 10h30, uma hora após o início programado da audiência.
O Cruzeiro alega que o atraso de uma hora não é aceito pela Justiça em tempos normais, fora da pandemia, e que por isso pede o arquivamento do processo.
Outra ação
Mano Menezes também tem outra ação na Justiça contra o Cruzeiro. É que o treinador desmembrou os processos, e, além dessa causa que corre na 42ª Vara, há outra na 27ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte para tratar do assunto sobre direito de imagem.
Mano pede R$ 1 milhão nessa outra discussão judicial com a Raposa.