(Vinnicius Silva/Cruzeiro)
O Cruzeiro é personagem neste domingo (8) do 15º rebaixamento de um dos chamados grandes clubes do futebol brasileiro. O G-12, formado pelos dois gigantes de Minas Gerais, os dois do Rio Grande do Sul, os quatro de São Paulo e os quatro do Rio de Janeiro, domina as principais competições do país, mas tem sido presença constante na Série B do Campeonato Brasileiro, principalmente na chamada Era dos Pontos Corridos, iniciada em 2003.
Das 15 quedas envolvendo gigantes na competição, a cruzeirense é a décima nesta nova realidade do Brasileirão. Isso em 17 edições da Série A por pontos corridos, sendo que dois grandes nunca caíram no mesmo ano a partir de 2003. Aliás, isso só aconteceu uma vez, em 2002, quando Palmeiras e Botafogo foram rebaixados na última edição do Brasileiro decidida no sistema de mata-mata.
Em duas décadas, entre 1982, primeiro ano que se teve algum tipo de rebaixamento no Brasileirão, e 2002, além das quedas de Palmeiras e Botafogo, só tinham caído o Grêmio, o primeiro grande a viver essa situação, em 1992, e o Fluminense, que sofreu dois golpes seguidos, pois, além de cair em 1997 da Série A para a B, em 1998 foi para a Série C, que disputou em 1999.
O Grêmio abriu também a lista dos rebaixados na Era dos Pontos Corridos, pois logo na segunda edição, em 2004, despencou para a Série B. Depois dele, viveram a situação, pela primeira vez, Atlético (2005), Corinthians (2007), Vasco (2008) e Internacional (2016).
O Palmeiras, em 2012, e o Botafogo, em 2014, sofreram a segunda queda das suas histórias, e o Vasco também caiu em 2013 e 2015, completando a lista dos grandes rebaixados a partir de 2003, que tem nove clubes do G-12.
Apenas Flamengo, São Paulo e Santos seguem podendo usar a máxima de que “time grande não cai”. Além deles, o Fluminense, rival do Cruzeiro neste ano na luta contra a degola, mas que conseguiu se salvar com três rodadas de antecedência, também não caiu nos pontos corridos, mas em compensação é o único do G-12 a ter disputado a Terceira Divisão do Nacional.