Depois de perder o Campeonato Mineiro, o Cruzeiro voltou a mostrar um futebol burocrático e com sequência de falhas individuais perdeu para o Nacional-PAR por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, a partida de volta na primeira fase da Copa Sul-Americana, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, capital do Paraguai. Como venceu a partida de ida pelo mesmo placar, a vaga para a segunda fase foi definida nos pênaltis.
Salgueiro, para o Nacional, foi o primeiro a bater e chutou para fora, com a bola acertando o travessão. Alisson abriu a cobrança para o Cruzeiro, e também perdeu. O goleiro Santiago Rojas fez o primeiro do time paraguaio e Henrique deixou tudo igual (1 a 1). Miranda também acertou, mas viu Hudson também converter (2 a 2). Rodriguez e Fabrício desperdiçaram as cobranças. Dávalos jogou a responsabilidade nos pés de Arrascaeta, que desperdiçou a chance e o Cruzeiro foi eliminado da Copa Sul-Americana.
O JOGO
O Cruzeiro mostrou bom volume de jogo nos minutos iniciais, tinha o domínio da partida e via o adversário desenvolver um futebol muito burocrático.
O lado direito do ataque celeste era o melhor caminho até a área do Nacional. Rafinha e Mayke davam trabalho a Jacquet e Rojo, que facilmente eram driblados. Com um desequilíbrio no setor defensivo, fatalmente o time paraguaio sofreria o gol. E foi isso que aconteceu aos 11 minutos.
O meia-atacante Thiago Neves pegou a sobra, após bate-rebate na área paraguaia. E, sozinho, frente a frente com o jovem Santiago Rojas, fez 1 a 0 para a Raposa. Muito se questionou a respeito da posição do camisa 30 na jogada, se o meio-campista estaria impedido. Entretanto, o lance foi legal. Neves surgiu como elemento surpresa e aproveitou também falha técnica dos defensores paraguaios.
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No lance do gol, Thiago Neves, claramente, reclamou de dores na perna. Mas foi apenas um susto e o jogador seguiu em campo normalmente. E viu o Cruzeiro cair vertiginosamente de produção no jogo.
Até o gol o Cruzeiro tinha controle pleno da partida. A partir de uma falha individual do lateral-direito Mayke tudo mudou. O cruzeirense cortou muito mal uma bola de veio da direita e praticamente ajeitou o lance para Leonardo Villagra. Era o empate do Nacional: 1 a 1.
Com praticamente o mesmo time que perdeu a decisão do Campeonato Mineiro para o Atlético, no último domingo, a Raposa só não teve o atacante Rafael Sóbis em campo. O avante sentiu dores musculares na perna esquerda e foi vetado. Ábila apareceu na escalação inicial, mas foi apenas coadjuvante nos primeiros 45 minutos, principalmente pelo posicionamento do centroavante, que jogou longe da área.
No segundo tempo, se a expectativa era ver um Cruzeiro mais forte e compacto, não aconteceu. O meio-campo celeste fraquejava no posicionamento e na criatividade. Dessa forma, a linha defensiva à frente de Rafael ficava sobrecarregada. Pressionados, os jogadores cometeram erros individuais e isso comprometeu bastante o desempenho.
Aos 17 minutos, o zagueiro Caicedo falhou feio, perdeu a bola na intermediária e Nuñez cruzou para Bareiro. O atacante subiu mais alto que a zaga e desempatou. Vira-vira paraguaio: 2 a 1.
Atrás no placar, o Cruzeiro até esboçou uma reação, teve lapsos de melhora, mas não conseguia chutar a gol. Problema que já se torna crônico no time.
Assim, Mano Menezes teve que sacrificar justamente o ataque. Ábila foi substituído por Dedé, que entrou para recompor a defesa.
Pelo placar agregado, 3 a 3 e vaga decidida nos pênaltis.