Cruzeiro leva susto, vira o placar e estreia com vitória após dez anos longe da Sul-Americana

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
04/04/2017 às 23:41.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:50

Uma vitória com gosto de quero mais. Com esse sentimento o Cruzeiro deixou o gramado do Mineirão na noite desta terça-feira, ao bater o Nacional-PAR de virada, por 2 a 1, na primeira fase da Copa Sul-Americana. De volta ao torneio após uma década, a Raposa, que não tem um bom histórico na competição – melhor posição em cinco edições - estreou com o pé direito, mesmo após um susto. Os gols do jogo foram marcados por Jonathan Santana, para o time paraguaio, com Thiago Neves e Ramón Ábila resolvendo a parada a favor dos celestes.

O próximo jogo entre mineiros e paraguaios está marcado para o dia 10 de maio, no estádio Arsenio Erico, no Paraguai. Uma vitória simples ou até um empate dá ao Cruzeiro a vaga na próxima fase.

O Jogo

A própria fórmula de disputa da Sul-Americana justifica a necessidade de os times entrarem ligados nas partidas: ‘mata-mata. Ou a equipe mata o jogo, ou morre. E, displicente nos minutos iniciais, o Cruzeiro sentiu na pele os efeitos de um torneio eliminatório.

Logo aos 4 minutos, em um lance de bola parada, Jonathan Santana aproveitou o cruzamento e fez o cabeceio. Rafael, adiantado, não conseguiu impedir que a bola estufasse “as bochechas” da rede. 1 a 0 para o time paraguaio.

O baque evidenciou para o torcedor a necessidade de haver muito apoio nas arquibancadas. E uma faixa avisava o que era preciso: “canta que sai gol”. E com quase 70% de posse de bola, não poderia ser diferente. “Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura”.

Aos 25 minutos Thiago Neves empatou, após linda jogada de Arrascaeta. O camisa 30 recebeu o passe, girou bonito e, de perna esquerda, estufou as redes de Giménez: 1 a 1. O gol já estava sendo desenhado. Minutos antes o Cruzeiro havia acertado uma bola na trave, em cobrança de falta do camisa 10 uruguaio.

Apesar de pressionar, a Raposa não conseguiu virar o placar ainda no primeiro tempo. O time de Mano Menezes mostrou dificuldades ofensivas, mesmo com boa produção do meio-campo. O volante Ariel Cabral “tirou o terno do armário” e, com muita classe, distribuiu bem as jogadas com toques de efeito. Na defesa, o ponto negativo era Mayke. O lateral tinha muita dificuldade para encaixar seu jogo e errava passes infantis. Em alguns lances chegou a colocar em risco o sistema defensivo da Raposa.

Enquanto o Cruzeiro subia ao ataque, o Nacional esperava os erros da Raposa para avançar. E em alguns lances levou bastante perigo.

No segundo tempo o ritmo do jogo continuou o mesmo: Cruzeiro no ataque e Nacional jogando no contra-ataque, explorando os erros da Raposa. A partida seguiu “pegada”, com lances mais fortes de disputa de bola.

Como não teve boa atuação no primeiro tempo, Rafinha deixou o campo para a entrada de Ramon Ábila. Lembra daquela história de “saber jogar mata-mata”? Então, o argentino mostrou que sabe.

A partida seguia “amarrada”, com os paraguaios se segurando como podiam na defesa. Mayke, em um lance, se redimiu da primeira etapa ruim. O lateral deu um chutaço da defesa para o ataque e, de forma precisa, encontrou “Wanchope”. O camisa 9 dominou bonito, deixou o zagueiro “descadeirado” e fez um golaço: 2 a 1, vira-vira estrelado.

Depois do gol, o Cruzeiro ainda esteve melhor e mais perto de ampliar o placar. O Nacional se desestruturou taticamente e nas oportunidades ofensivas que teve, desperdiçou todas em chutas errados e de longa distância.

CRUZEIRO 1 x 1 NACIONAL-PAR

Motivo: 1ª fase da Copa Sul-Americana
Arbitragem: Juan Soto, auxiliado por Jorge Urrego e Carlos López, trio da Venezuela.
Gols: Jonathan Santana, aos quatro minutos, e Thiago Neves, aos 25 minutos do primeiro tempo. Ramon Ábila, aos 21 minutos do segundo tempo. 
Cartão amarelo: Hudson, Mayke (CRU); Servín (NAC)
Cartão vermelho: Não houve
Público: 13.747
Renda: R$ 247.108,00 

CRUZEIRO - Rafael; Mayke, Manoel, Léo e Diogo Barbosa; Hudson e Ariel Cabral; Arrascaeta, Thiago Neves e Rafinha (Ramon Ábila); Rafael Sobis (Elber). Técnico: Mano Menezes.

NACIONAL - Arnaldo Giménez; Dávalos, Servín, Jacquet e Rodrigo Rojo; Paniagua (Orzuza), Jonathan Santana, Argüello e Francisco García; Salgueiro (José Nuñez); Adam Bareiro (Villagra). Técnico: Roberto Torres.

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por