Com 40% de aproveitamento no Mineirão na Série B do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro recebe o Avaí, neste sábado (17), às 16h30, pela 12ª rodada. Sim, torcedor celeste, você não leu errado. No ano do centenário do clube, o mínimo que se esperava da Raposa era que o Gigante da Pampulha voltasse a ser sua “Toca III” para aumentar as chances de buscar uma vaga na Primeira Divisão. Não é o que vem acontecendo.
O desempenho do time mineiro se mostra um argumento e tanto àqueles que defendem a tese de que todo campo é neutro no cenário da pandemia do novo coronavírus, por não haver presença de público. Só que não serve de desculpa para quem anseia voltar à elite. E o que vê nesta edição do torneio é que o fator casa não tem feito diferença aos azuis.
Em cinco partidas realizadas no Mineirão, pelo torneio, o Cruzeiro só venceu o Vasco, por 2 a 1. Nos outros quatro confrontos, perdeu para o CRB, por 4 a 3, e empatou com Goiás (1 a 1), Guarani (3 a 3) e Coritiba (0 a 0). Dos 15 pontos em disputa como mandante, angariou somente seis.
Surpreende? Sob o viés histórico, sim, já que o estádio foi palco de vários títulos do clube. Mas no contexto atual, não. Desde o rebaixamento para a Série B, confirmado no dia 8 de dezembro de 2019, quando perdeu para o Palmeiras, por 2 a 0, pela última rodada do Brasileirão, a Raposa acumula um aproveitamento no Gigante que não condiz com sua grandeza.
Em 34 jogos, desde então, o time soma 15 vitórias, nove empates e dez derrotas, o que significa um rendimento em torno de 53%. Os números ilustram os fracassos da equipe nas edições de 2020 e 2021 do Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil e da Série B.
Até mesmo alguns triunfos não foram vistos como “resultados positivos”, vide o 1 a 0 sobre a Juazeirense, pela terceira fase do torneio mata-mata nacional deste ano – no duelo de volta, os baianos venceram pelo mesmo placar no tempo normal e 3 a 2 nos pênaltis.
Hora de reagir
Apesar do pouco tempo de Cruzeiro, o lateral-esquerdo Jean Victor obviamente conhece a história vitoriosa do clube no Mineirão e espera que o atual elenco retome essa tradição daqui para frente, o que se faz necessário para iniciar uma reação na Segundona. Após 11 rodadas, a Raposa detém apenas 11 pontos, dois a mais que o Vitória, time que abre a zona de rebaixamento.
“Importante estar sempre pontuando, mas numa Série B tão difícil como essa tem que se fazer valer o fator casa. É necessário fazer ajustes para alcançar o equilíbrio ofensivo e defensivo e conquistar três pontos tão importantes para nós”, destacou.
Adversário
Com quatro pontos a mais que o Cruzeiro (e um jogo a menos), o Avaí não perde há cinco rodadas. Nesse período, bateu o CRB (1 a 0), o Londrina (3 a 1) e o Confiança (2 a 1) e empatou com o Botafogo (1 a 1) e a Ponte Preta (1 a 1).
“O clube (Avaí) tem muitos jogadores de qualidade. O professor Mozart está trabalhando em cima daquilo que o time deles vai apresentar contra a gente. Esta vitória, se vier, será importante para começar uma caminhada boa em busca do acesso”, comentou Jean.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO
Fábio; Norberto, Rhodolfo, Léo Santos e Jean Victor; Lucas Ventura, Rômulo (Giovanni) e Marcinho; Bruno José, Wellington Nem (Airton)) e Marcelo Moreno (Sóbis)
Técnico: Mozart
AVAÍ
Glédson; Edilson, Rafael Pereira, Betão e Diego Renan; Wesley Soares, Bruno Silva e Vinícius Leite; Copete, Jonathan e Lourenço
Técnico: Claudinei Oliveira
DATA: 17 de julho de 2021 (sábado)
HORÁRIO: 16h30
ESTÁDIO: Mineirão
CIDADE: Belo Horizonte
MOTIVO: 12ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro
ARBITRAGEM: Alisson Sidnei Furtado, auxiliado por Fábio Pereira e Cipriano da Silva Sousa, todos de Tocantins
TRANSMISSÃO: PremiereGustavo Aleixo/Cruzeiro
Pelo Cruzeiro, Mozart conquistou apenas uma vitória no Mineirão, sobre o Vasco