(Estadão Conteúdo)
O desentrosamento no Cruzeiro não é uma exclusividade do time de Paulo Bento, que está de volta à zona de rebaixamento ao completar quatro jogos seguidos sem vitória no Brasileirão com a derrota de 2 a 0 para o Fluminense, domingo passado, no Rio de Janeiro.
Fora de campo, o clube sofre, desde o ano passado, com declarações que não só irritam ou ridicularizam a torcida, mas que servem também para conturbar o ambiente interno, que nunca é dos melhores em tempos de resultados ruins dentro de campo. Considerando que o Cruzeiro foi bicampeão brasileiro em 2013 e 2014, a situação fica ainda mais grave.
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O episódio Riascos é o capítulo principal dessa história. E evidencia diretrizes distintas entre quem comanda o futebol do clube.
A desautorização pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares da atitude tomada pelo diretor de futebol Thiago Scuro, domingo, logo após a declaração do atacante colombiano, deixa evidente que a decisão não passou pelo dirigente máximo do clube. Em entrevista ontem ao portal UOL, no mesmo Rio onde “nasceu” o “Caso Riascos”, Gilvan garante não concordar com a decisão de Scuro. E afirma que o assunto será tratado internamente, numa crítica clara ao seu diretor.
Eles entraram no centro de treinamento num momento em que ele ainda estava fechado ao público e à imprensa. Por fotos postadas em redes sociais, fica evidente que houve uma conversa envolvendo atletas e comissão técnica.
Os torcedores saíram da Toca II afirmando que foram apenas conversar, que não tinham quebrado nada. Mas afirmaram que podem voltar.
O desafio de sair da zona de rebaixamento é gigante, não só pela fragilidade do time, mas especialmente pelo momento conturbado. Um alento é que no ano passado, com Vanderlei Luxemburgo, não era diferente, e o time se recuperou.