Três partidas, dois gols sofridos, espaços deixados na marcação e muito trabalho para o goleiro Fábio. O início do técnico Deivid no comando do Cruzeiro acende o alerta da China Azul em relação ao sistema defensivo da equipe. Admirador do futebol ofensivo, o treinador adotou um esquema com quatro homens de frente e apenas dois volantes (Henrique e Ariel Cabral) nos primeiros compromissos a frente do time.
O sistema, porém, semelhante ao usado por Marcelo Oliveira durante sua passagem pela Toca da Raposa, ainda não funcionou. Nas redes sociais, parte da torcida comenta que Deivid deveria ter mantido o esquema tático implantado por Mano Menezes, que rendeu bons frutos na reta final do Brasileirão.
Com Mano, a Raposa utilizou o 4-4-1-1, com quatro defensores, três volantes, três jogadores abertos na frente e Willian na referência. No final, o time celeste terminou a competição com a terceira defesa menos vazada, atrás apenas do campeão Corinthians e do Grêmio.
Falta de sintonia
Até agora, nesses três primeiros compromissos em 2016 a sintonia da defesa não foi a mesma do final do ano passado. Na estreia na Primeira Liga, por exemplo, contra o Criciúma, Fábio foi decisivo para que o Cruzeiro não saísse derrotado de Santa Catarina. O camisa 1 também foi importante na vitória por 2 a 1 sobre o Tombense, na última quarta-feira, quando salvou o time com grandes defesas.
Ajuda mútua
Para Fábio, os jogadores precisam atuar com mais vontade. “A defesa vem treinando forte. Não temos um grupo dividido por setores. Todos têm de se ajudar. Temos condições de atacar com quatro ou cinco, e também de defender. Início de trabalho, tem de ter vontade e atenção”, avalia Fábio.
Já Deivid considera normal a oscilação do setor defensivo nesses primeiros dias de trabalho no clube. “O Cruzeiro sempre vai propor o jogo. Quando isso acontece, você dá espaço para o adversário jogar. Quando propicia espaços, tem o perigo de tomar gols”, opina o técnico.