Anteriormente marcada para o estádio Durival de Britto (a Vila Capanema), com capacidade para cerca de 20 mi ltorcedores, a partida entre Atlético-PR e Cruzeiro, nesta quarta-feira (29), será realizada no estádio Érton Coelho de Queiroz, mais conhecido como Vila Olímpica do Boqueirão, no 'inusitado' horário das 15h. O jogo é válido pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro. A mudança do local foi confirmada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no fim da tarde da última sexta-feira (24), atendendo a um pedido do Atlético-PR, que informou que o gramado da Vila Capanema, local onde o clube paranaense mandará seus jogos no Brasileirão, e que passa por reforma, não está pronto. Já a Vila Olímpica do Boqueirão tem capacidade atual de 9.999 torcedores, e serve como campo de treinamentos da equipe profissional do Paraná Clube. A diretoria do tricolor paranaense planeja instalar câmeras de segurança no local, podendo assim comportar os 16 mil espectadores, capacidade máxima do estádio. Além das partidas do Atlético-PR, na Série A, a Vila Olímpica vai receber jogos do Paraná, na Série B do Brasileiro. Se o Atlético-PR vai receber o Cruzeiro na Vila Olímpica, o jogo de sábado (1º de junho), contra o Flamengo, às 16h20, pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, será realizado na Arena Joinville, em Santa Catarina, que tem capacidade para 22.400 torcedores. O técnico cruzeirense, Marcelo Oliveira, que comandou o Coritiba nas duas últimas temporadas, conhece bem o palco da partida desta quarta-feira, e não poupou críticas à escolha da Vila Olímpica para receber o duelo entre Atlético-PR e Cruzeiro. "Acho que, mais até que desafio, é uma afronta ao futebol. Num momento como esse, em que estamos nos preparando para a Copa do Mundo, nós vamos para um estádio abandonado, com um gramado irregular. É um obstáculo para o Cruzeiro e o bom futebol. Deveríamos nos preocupar mais em preservar atletas e com a prática do bom futebol. Vai tornar o jogo ainda mais acirrado", disse o treinador. No último dia 5, após o empate em 2 a 2 entre Atlético-PR e Coritiba, no primeiro jogo da final do Campeonato Paranaense, o meia Rafinha deixou o campo da Vila Olímpica reclamando bastante das condições do gramado e da iluminação precária. "O gramado estava horrível e no final do segundo tempo tive muita dificuldade para enxergar o campo e a bola". Outro do elenco cruzeirense que conhece a Vila Olímpica é o meia Everton Ribeiro, que defendeu o Coritiba antes de chegar à Toca da Raposa. O jogador confirmou que o estádio é uma opção dos clubes de Curitiba, mas que abriga poucas partidas. Apesar de dizer que o gramado não é bom, Everton Ribeiro acredita que o Cruzeiro tem que passar por cima de mais essa adversidade para sair com a vitória. "É um estádio que nem é muito utilizado. A Arena (da Baixada) está em reforma e não tinha campo para eles (Atlético-PR) jogarem lá (em Curitiba). Vamos lá, passar por cima disso e sair de com um bom resultado. Nunca é fácil jogar em campo com um gramado não muito bom, mas já tivemos experiências e podemos usar isso a nosso favor", comentou, referindo-se a algumas partidas que a Raposa disputou fora de casa no Campeonato Mineiro. "Nossa equipe tem muita qualidade, tem bom passe. Vai estar ruim para nós, mas também para eles. Vamos tentar superar isso e conseguir um bom resultado lá", completou Everton Ribeiro.