(André Brant)
Já passava das 5 horas quando a última luz do Vaticano se apagou na madrugada desta quinta-feira (15). Durante 90 minutos, Jorge Maria Bergoglio relembrou os tempos de torcedor fanático do San Lorenzo, ao ouvir os compatriotas argentinos cantarem alto no Mineirão. O papa Francisco teve a certeza de que contava com uma certa ajuda “divina” ainda no primeiro tempo, quando a bola do cruzeirense Marcelo Moreno carimbou as duas traves.
Não seria nenhuma surpresa se esta cena realmente tivesse acontecido em Roma. Afinal, o Papa Francisco nunca escondeu a paixão pelo combinado hermano. Alegria de “sua santidade”, tristeza da China Azul. A quase 9 mil quilômetros de Roma, a Raposa lamentava o fim do sonho do tri da Libertadores.
O atacante Dagoberto era um dos mais abatidos. “Não é fácil, o gol cedo nos complicou. Tivemos de correr muito mais. O San Lorenzo faz muita cera, sabe jogar este tipo de duelo. Agora é erguer a cabeça, ver o que erramos. A vida segue. Fica difícil analisar tudo de fora. Quem jogou sabe as dificuldades que enfrentamos”, comenta.
Por sua vez, o goleiro Fábio acredita que a eliminação aconteceu ainda em Buenos Aires, onde o Cruzeiro perdeu por 1 a 0. “Pecisamos sempre jogar para fazer o gol, principalmente quando o regulamento nos favorece. Isso não aconteceu na Argentina. Temos peças ofensivas boas, rápidas, e não aproveitamos isso”, diz.
O técnico Marcelo Oliveira segue a mesma linha, e ressalta a entrega da Raposa. “Realizamos uma reunião rápida no vestiário e enfatizei que erramos e acertamos dentro da competição. Mas falei que todos aqui podem olhar um na cara do outro, pois fizemos nosso o melhor”, afirma o comandante.
“Infelizmente não foi possível. Só que seguimos fortes para o restante da temporada”, conclui o treinador estrelado.